Queratopigmentação? Brasileira viraliza ao trocar a cor dos olhos em cirurgia; veja riscos
Procedimento é indicado apenas para pessoas cegas para reconstrução da córnea danificada
Uma jovem brasileira viralizou nas redes sociais após submeter a uma cirurgia com o objetivo de mudar a cor de seus olhos permanentemente.
Chamado de queratopigmentação, o procedimento é indicado apenas para pessoas cegas e é realizado quando a córnea está comprometida e o médico tatua a região colocando pigmentos no tecido da córnea para ficar parecido com o olho normal.
A jovem realizou a prática em Lausanne, na Suíça. O vídeo, compartilhado nos últimos dias no perfil da clínica responsável pela cirurgia, alcançou mais de 14 milhões de visualizações e 360 mil curtidas.
Entretanto, este procedimento para fins estéticos não é indicado e não é aprovado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
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Segundo os especialistas, entre os principais riscos estão a redução no campo visual do paciente, comprometendo a visão periférica do paciente, além do desenvolvimento da fotofobia, ou seja, quando as pessoas têm sensibilidade e dor ao olhar para a luz, visto que os micropigmentos podem estourar ao olhar para a luz.
A queratopigmentação é totalmente irreversível. O procedimento ainda pode gerar infecção ocular e até mesmo induzir um glaucoma.
O procedimento é permitido no Brasil para fins de "reconstrução" em pessoas cegas, mas não é indicado para fins estéticos em pessoas com visão saudável.
Os médicos ainda afirmam que todas as técnicas usadas para alterar a cor do olho não são recomendadas para fins estéticos. E que vale mais a pena o uso de lentes de contato colorida do que expor o paciente a uma situação de risco.