Raquel Lyra se diz surpresa com greve declarada pelos profissionais da Educação em Pernambuco
Professores reivindicam atualização no piso salarial da categoria
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), disse estar “surpresa” com a declaração de greve por parte dos profissionais da Educação no Estado. A categoria, que reivindica reajustes no piso salarial, deliberou pela greve em Assembleia Geral realizada na manhã desta quarta-feira (5), no Teatro da Boa Vista, na área central do Recife.
Questionada sobre as demandas da categoria, a chefe do Executivo estadual citou a aprovação da Lei 712/2023 na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A proposta, que atualiza o piso do magistério para professores 6 mil efetivos e mais de 20 mil temporários, foi questionada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe); o sindicato alegou que cerca de 52 mil professores, inclusive aposentados, não são contemplados com a medida.
“Vejo com surpresa. Conseguimos aprovar o piso para os professores, o que nos deu a tranquilidade de ver mais de 28 mil profissionais que não recebiam passarem a receber. Já a partir deste mês a gente paga o piso retroativo”, disse Raquel Lyra.
Leia também
• Profissionais da rede estadual declaram greve para pressionar governo
• Em estado de greve, metroviários de Pernambuco indicam possível deflagração na próxima semana
• Secretários de Educação levam ao MEC proposta para Novo Ensino Médio
A governadora afirmou, ainda, que possui um canal de negociação com a categoria e que a gestão estadual dialogará com os professores. “Temos um processo de negociação aberto, mas cada entidade sabe de si e toma suas próprias decisões”, afirmou.
“A mesa de negociação continua aberta e a gente vai continuar trabalhando para conseguir chegar a um bom termo com os professores”, completou Lyra.
Categoria diverge e declara greve
A greve, declarada na manhã desta quarta (5), terá data de início determinada na próxima Assembleia Geral da categoria, prevista para acontecer no dia 25 de julho, após o recesso entre semestres letivos. Ainda, um ofício foi encaminhado à gestão estadual sobre a decisão da categoria.
Os profissionais da educação reivindicam um reajuste no piso salarial de 14,95% no salário de todos os professores e gestores educativos da rede estadual de ensino de Pernambuco.
O percentual, de acordo com o Sintepe, se refere à diferença entre a média salarial dos profissionais na rede estadual de ensino a nível nacional - R$ 5.008,19 - e a rede pública estadual de Pernambuco, que disponibiliza um pagamento inicial médio de R$ 4.680,47 para uma parcela desses profissionais.