Rebeldes huthis do Iêmen anunciam libertação da tripulação do 'Galaxy Leader'
A decisão foi tomada em decorrência do acordo de cessar-fogo alcançado por Israel e o Hamas
Os rebeldes huthis do Iêmen anunciaram, nesta quarta-feira (22), a libertação da tripulação do navio "Galaxy Leader", que estava retida há mais de um ano após a captura do cargueiro.
A decisão foi tomada em decorrência do acordo de cessar-fogo alcançado por Israel e o movimento islamista Hamas na Faixa de Gaza.
Desde novembro de 2023, os huthis vinham realizando ataques contra navios que consideram vinculados a Israel na costa do Mar Vermelho, justificando solidariedade com os palestinos no contexto da guerra em Gaza.
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Com esses ataques, o grupo rebelde iemenita, que faz parte do "eixo de resistência" do Irã, perturbou o tráfego no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, uma área crucial para o comércio mundial.
Em resposta, os Estados Unidos estabeleceram uma coalizão naval multinacional e atacaram instalações dos rebeldes no Iêmen, ocasionalmente com apoio do Reino Unido.
De acordo com a agência de notícias dos rebeldes, Saba, o Conselho Político Supremo dos huthis "anunciou a libertação da tripulação do 'Galaxy Leader', que havia sido detida em 19 de novembro de 2023 no âmbito da campanha de apoio a Gaza".
A medida foi tomada "em apoio ao acordo de cessar-fogo" que entrou em vigor no domingo no território palestino, acrescentou a fonte.
O "Galaxy Leader", um cargueiro fretado por uma empresa japonesa em nome de uma companhia britânica pertencente a um empresário israelense, foi o primeiro navio atacado pelos hutíes.
Seus 25 tripulantes, 17 dos quais de nacionalidade filipina, estavam detidos desde então pelos rebeldes, que controlam grande parte do território iemenita, incluindo a capital, Saná.
Os tripulantes foram libertados "em coordenação com o Hamas" e com a colaboração de Omã, segundo a Saba.