Recife implanta novos semáforos sonoros para acessibilidade de pessoas cegas
Ao todo, destaca a prefeitura, já são 26 equipamentos implantados na Cidade, que terá 80 similares até o final deste ano
Com sinais sonoros com frequência mais baixa e concentrada, a Prefeitura do Recife (PCR) implanta, até o fim deste ano, 80 semáforos para acessibilidade de pessoas cegas e de baixa visão.
Ao todo, já foram instalados 26 desses equipamentos na capital pernambucana. O semáforo tem como objetivo garantir autonomia, mobilidade e mais segurança viária.
As instruções para uso do equipamento estão colocadas em braile, o sistema de escrita tátil utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão.
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A PCR ressalta que os equipamentos priorizam áreas de maior interesse do público-alvo, como, por exemplo, o Instituto de Cegos, localizado no bairro das Graças, área central do Recife.
Há outros instalados em frente à Prefeitura do Recife (PCR), no Cais do Apolo; em frente à Faculdade Estácio, na Abdias de Carvalho; no cruzamento entre a avenida Cruz Cabugá e a rua Frei Cassimiro; e no Cais da Alfândega, em frente ao Paço Alfândega. Os locais para implantação são escolhidos em parceria com representantes da categoria de pessoas cegas, segundo a prefeitura.
Os usuários devem utilizar o botão como um semáforo de pedestres comum, mas pressionar por três segundos para que o modo sonoro seja ativado. Em seguida, o equipamento informa que a travessia foi solicitada, para que o cidadão aguarde.
No momento oportuno para travessia, o ritmo do som passa a ser mais acelerado e a frequência, mais alta, o que sinaliza a segurança para fazer a travessia.
Equipamento tem inscrição em braile (Foto: Daniel Tavares/PCR)A presidente da CTTU, Taciana Ferreira, destaca a importância da necessidade dos atendimentos a pessoas cegas.
"Eu fico entusiasmada com a parceria de representantes desse segmento em nos trazer essa demanda para que possamos atender e dar mais segurança na travessia de pedestres contemplando, também, as pessoas cegas. Estamos mapeando as áreas de maior interesse desses grupos para, então, ampliar os equipamentos gradualmente em toda a cidade", destaca.
O gerente da pessoa com deficiência da Secretaria Executiva de Direitos Humanos do Recife, Paulo Fernandes, chama atenção para a autonomia que o equipamento dá para pessoas cegas ou com baixa visão.
"Hoje, no Recife, pelo menos 22% da população tem alguma deficiência visual e o investimento desses equipamentos no trânsito traz autonomia para a gente atravessar ruas e avenidas com mais segurança", destaca.
Os novos equipamentos obedecem à resolução 704/2017 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O objetivo da CTTU é de que, até o final de 2020, sejam implantados 80 aparelhos com essa tecnologia.
Além dos 26 novos equipamentos, a cidade possui, atualmente, 67 com a antiga tecnologia, que serão substituídos, segundo a PCR.
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