Vacina

Recife inicia imunização contra Covid-19 de professores e rodoviários

O ato simbólico de vacinação dos novos grupos contou com a presença do governador Paulo Câmara e do prefeito João Campos

Flávia Costa, professora da Escola Municipal Divino Espírito Santo e primeira do grupo a tomar a vacinaFlávia Costa, professora da Escola Municipal Divino Espírito Santo e primeira do grupo a tomar a vacina - Foto: Aluísio Moreira/SEI

A Prefeitura do Recife começou a vacinar, nesta sexta-feira (28), todos os trabalhadores da educação básica, do nível técnico e do nível superior, os trabalhadores rodoviários, metroviários, aeroviários e portuários, além da população em geral com idade a partir dos 59 anos. 

O ato simbólico de vacinação do novo grupo, que contou com a presença do governador Paulo Câmara e do prefeito João Campos, aconteceu no Compaz Escritor Ariano Suassuna, em San Martin, na Zona Oeste do Recife.

As mais de 241 mil doses da AstraZeneca/Oxford que chegaram ao Estado na última quarta-feira (26) estão sendo destinadas à imunização de pernambucanos desse grupo prioritário.
 
“Demos um passo fundamental agora, com todos os grupos prioritários sendo incluídos, e também tendo condições de iniciar a imunização de pessoas com 59 anos de idade. Esperamos que, se tudo der certo, no mês de junho possamos avançar cada vez mais para continuar protegendo a população pernambucana”, afirmou Paulo Câmara.

A primeira a receber a vacina contra a Covid-19 foi a professora da Escola Municipal Divino Espírito Santo, Flávia Costa, de 38 anos, que ressaltou a emoção de estar sendo imunizada. “Estou muito emocionada, principalmente por estar representando minha escola e os professores da rede municipal do Recife. Não vejo a hora de todos estarem vacinados, para que a gente se sinta mais seguro para o retorno às aulas”, disse.
 
Também participaram do ato simbólico a vice-governadora Luciana Santos, os secretários estaduais André Longo (Saúde) e Tomé Franca (Desenvolvimento Urbano e Habitação), além do prefeito do Recife, João Campos.


Patrícia Barreto, professora de escolas municipais no Recife e em Camaragibe, tomou sua primeira dose na manhã de hoje. Ela afirmou que estava tão ansiosa pelo momento que mal conseguiu dormir. “Me sinto um pouco mais segura, mas ainda me preocupa as crianças ainda não terem se vacinado”, disse. 
 
A educadora ainda assegurou que, mesmo com a aplicação da primeira dose e tendo, anteriormente, contraído a doença de maneira leve, manterá os cuidados necessários, isso porque, de acordo com ela, “somos responsáveis uns pelos outros". Patrícia salientou que seguirá usando máscaras do tipo pff2, que comprovadamente protegem mais que as de tecido.
 
Para a professora Maria de Lurdes, que atua nas redes pública e privada, a ansiedade e contentamento foram os mesmos. “Eu já me protegia antes, agora é que tem que manter a proteção mesmo". Ela confirma que manterá os mesmos cuidados, principalmente na sala de aula e irá prontamente agendar a segunda dose.  
 

Rodoviários

O motorista de transporte público do Grande Recife, Edilson José de Araújo, enfatizou que, após receber a primeira dose da vacina, passou a se sentir mais seguro para exercer a profissão. “Fico muito feliz em ver a minha categoria finalmente se vacinando. Já que trabalhamos diretamente com o público, temos medo de levar essa doença pra casa. Depois de ter sido imunizado vou trabalhar muito mais seguro e tranquilo”, concluiu.

Maria de Fátima Xavier, cobradora de ônibus da Recife Consócio, disse que “A prevenção é a melhor coisa. Se tivermos a chance de vacinar, agora, tem que ir mesmo”. Ela conta que teve dificuldades em agendar a vacinação pelo aplicativo Conecta Recife, então resolveu ir pessoalmente ao local. "Não vejo a hora de me vacinar. Mas, mesmo vacinada, continuarei fazendo o que manda a ciência". 
 
A cobradora comentou que, em dezembro de 2020, contraiu a doença e teve que passar 14 dias afastada do serviço. “Dentro dos ônibus, infelizmente a gente tem que conviver com pessoas que não usam máscara ou usam incorretamente. E quando a gente pede com educação para fazerem o certo, eles se recusam.”

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