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Cidadania

Recife promove ações para marcar Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua

No Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua, ações buscam cidadaniaNo Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua, ações buscam cidadania - Foto: Marconi Meireles/Folha de Pernambuco

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O Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua é celebrado nesta quinta-feira (19). E, para lembrar da data, a Prefeitura do Recife realiza uma série de ações para as pessoas que vivem nas ruas da cidade. 

No Centro POP Glória, em Santo Amaro, na área central, e no Centro POP Neuza Gomes, na Madalena, Zona Oeste, equipamentos de atendimentos especializados para receber este público, dezenas de pessoas em situação de rua recebem cobertores e blusas, no intuito de combater o período de frio. Ambos funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. 

Além disso, através da Secretaria de Saúde do município, são aplicadas vacinas contra gripe e Covid-19.

Atualmente, Recife conta com mais de 1.600 pessoas em situação de rua, segundo levantamento oficial feito em 2019.

Segundo a coordenadora da política da saúde da população em situação de rua do município, Aline Rosendo, todos aqueles cadastrados no E-sus estão sendo acompanhados de perto pela prefeitura.

"Temos o dever de garantir o acesso da população em situação de rua, independente das condições. Trabalhamos na perspectiva da porta de entrada, de acesso ao SUS, de garantia de direitos, e também na questão de acompanhamento da saúde em geral. Garantimos isso desde o acolhimento no território, até o acompanhamento nos equipamentos gerais e também de articulação em rede, como é o caso do Centro POP. Nestes locais garantimos não só a integridade da saúde, mas também o direito do resgate e cidadania", explicou. 

Nos Centros de Referência Especializados para População em situação de Rua passam, por dia, entre 120 e 130 pessoas. Nos locais, além de atendimento assistencial, os moradores de áreas de vulnerabilidade também recebem alimentação e, caso queiram, iniciam o processo para retornar às suas famílias. 

"Aqui, fazemos os cadastros deles no Cadúnico, acompanhamos eles. Em algumas situações, até num possível retorno para casa. Tentamos fazer contato com uma pessoa da família ou instituição para receber a pessoa na cidade. Não fazemos a compra de passagem apenas para tirar a pessoa do Recife, mas, sim, vinculado a um acolhimento na cidade de destino de desejo da pessoa", contou Camila Borges, educadora social e chefe de divisão dos Centros POPs.

Sempre atendida no local, Bruna Alves comentou a importância do POP em sua vida nestes dez anos que ela vive nas ruas da capital pernambucana. "Me ajuda muito, mata a fome de muitas pessoas. Nos ajuda com sabonetes, com edredom para a gente se aquecer, principalmente agora que o frio está grande. Se não fosse esse apoio, não teríamos nada, pois ninguém nos dá nada na rua", desabafou.  

 

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