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SAÚDE

Recife sedia congresso sobre anomalias faciais e lábio palatinas

Evento acontece no Centro de Eventos Recife, na Imbiribeira, Zona Sul da capital

Evento vai até o sábado (19)Evento vai até o sábado (19) - Foto: Arthur Mota/ Folha de Pernambuco

Recife recebe, pela primeira vez, um evento que trata de anomalias no rosto. A 13ª edição do Congresso Brasileiro de Fissuras Lábio Palatinas começou na manhã desta quinta-feira (17), no Centro de Eventos Recife, no bairro da Imbiribeira, Zona Sul da cidade. 

O evento recebe profissionais da área de todo o mundo. Nele, os especialistas trocam experiências e discutem melhores formas de tratamento da fissura facial. O Congresso vai até o sábado (19).

Esse encontro engloba várias etapas do tratamento de uma pessoa fissurada. Os cuidados acontecem de forma multidisciplinar, pelo fato de envolver questões centrais do ser humano. Os temas são separados por sala e vão desde a própria cirurgia plástica, passa pela psicologia/serviço social e aborda também as condutas básicas no tratamento do paciente com fissura lábio palatina.

Segundo o presidente do congresso, Rui Pereira (foto abaixo), a capital pernambucana foi escolhida para sediar o evento pelo fato de ter uma das maiores unidades de tratamento dessas deformidades no País, que é o Centro de Atenção aos Defeitos da Face do Imip (Cadefi), que fica alojado no Instituto Materno Infantil, no bairro dos Coelhos, Centro do Recife. O local tem cerca de 20 mil pacientes cadastrados para atendimento.

Dr. Rui Pereira

"Nós hoje estamos muito preocupados com a eficiência e eficácia do tratamento, mas precisamos olhar, com muita atenção, essas características e tentar minimizar os custos com o tratamento", explica.

Segundo o especialista, que também é cirurgião plástico chefe do Cadefi, o tratamento multidisciplinar coopera para uma recuperação mais ágil do paciente.

"A formação desses profissionais é muito individualizada, então é importante que o paciente seja observado, não só na visão do cirurgião ou do ortodontista, mas que haja o consenso e o estabelecimento de um plano de tratamento que seja avaliado por essa equipe multidisciplinar. Com isso, o custo social vai ser amenizado", finaliza.

A presidente da Comissão Científica, Dione Du Valle (foto abaixo), também fala sobre a importância dessa junção no tratamento de quem tem essas anomalias. Ela considera fundamental a evolução que resulta na união de esforços para um tratamento de qualidade.

Drª Dione Du Valle

"Antes existia um tripé, que seria a cirurgia plástica, a ortondontia e a fonoaudiologia, mas hoje a gente nem considera somente esses três, porque a psicologia, o serviço social, a enfermagem e o otorrino são especialidades que têm muita ligação com o tratamento do paciente com fissura, e o Cadefi faz exatamente isso", destaca.

Quem esteve na plateia do congresso também acredita na força da troca que é realizada durante os encontros que vão até o dia 19, como o caso do médico Renato Freitas, que possui uma clínica onde recebe pacientes com fissura labial em Curitiba (PR).

Dr. Renato Freitas"A gente está no Recife com o intuito maior de trocar experiência. Quando a gente sai para um congresso específico como este, específico, onde viemos falar de fissuras lábio palatina, por três dias, o objetivo é rever os amigos e conversar sobre essa vivência e saber como eu posso melhorar a minha clínica, os meus pacientes, as minhas cirurgias com algumas coisas", afirma.

O que são essas anomalias?
Essas fissuras são uma espécie de malformação congênita que afetam o desenvolvimento do lábio superior ou do céu da boca de uma pessoa. A fissura pode variar no que se refere à gravidade, chegando, inclusive, a interferir na capacidade de fala, voz, audição, cognição e estética facial do paciente. Também pode colocar em risco a sobrevida da pessoa, já que existe a possibilidade de afetar a respiração.

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