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Europa

Reino Unido autoriza mais entregas de caminheiros europeus para combater escassez

Eles poderão fazer um número ilimitado de viagens em um período de duas semanas

Posto de combustívelPosto de combustível - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O governo britânico anunciou, nesta sexta-feira (15), uma flexibilização das regras sobre o número de entregas que os caminhoneiros estrangeiros podem fazer no Reino Unido, na tentativa de aliviar os problemas de escassez e de abastecimento antes do Natal.

Hoje, os motoristas da União Europeia (UE) podem fazer apenas duas entregas nos sete dias seguintes à sua chegada ao Reino Unido. Com a nova norma, que o governo espera aplicar antes do Natal, eles poderão fazer um número ilimitado de viagens em um período de duas semanas. 

"Isso equivale a adicionar milhares de caminhoneiros às estradas", disse o ministro dos Transportes, Grant Shapps, ao canal Sky News nesta sexta-feira, prometendo que as medidas entrarão em vigor "até o final do ano".

Durante semanas, a falta de cerca de 100 mil caminhoneiros causada pela pandemia e pelo Brexit tem causado sérios problemas de abastecimento de supermercados e postos de gasolina no Reino Unido. 

A escassez de caminhoneiros também agravou o congestionamento portuário no mundo todo e, em particular, na Inglaterra, de onde vários navios porta-contêineres cheios de mercadorias para o Natal tiveram de ser desviados recentemente para portos europeus. 

De acordo com a Associação dos Portos Britânicos (BPA, na sigla em inglês), esta situação vai durar entre seis e nove meses.

"Quando falo com os portos, eles me dizem 'sim, estamos congestionados, mas é um congestionamento mundial'", declarou Shapps, pedindo que se relativize a situação já que "as mercadorias estão circulando". 

"As pressões são, claro, muito reais, mas as pessoas vão conseguir produtos para o Natal", prometeu.

Além do setor de transporte rodoviário, o Reino Unido também sofre com a escassez de funcionários nos açougues. Isso levanta preocupações sobre o abate e a destruição em massa de animais, que não podem ser transformados em carne para venda, nem mantidos em fazendas e granjas superlotados. 

Diante das "pressões que o setor suíno tem sofrido nos últimos meses, como o impacto da pandemia e seus reflexos nos mercados de exportação", o ministro do Meio Ambiente, George Eustice, anunciou na quinta-feira (14) a concessão de 800 vistos temporários para açougueiros estrangeiros.

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