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EUROPA

Reino Unido proibirá exploração de novas minas de carvão

Decisão acontece dois meses depois que o plano do governo conservador anterior de escavar um novo poço foi derrubado pelos tribunais

O primeiro-ministro britânico Keir StarmerO primeiro-ministro britânico Keir Starmer - Foto: Toby Melville / POOL / AFP

O governo trabalhista britânico anunciou nesta quinta-feira (14) que proibirá novas minas de carvão no país, dois meses depois que o plano do governo conservador anterior de escavar um novo poço foi derrubado pelos tribunais.

“Novas licenças de mineração de carvão serão proibidas”, anunciou o governo do Reino Unido em um comunicado, acrescentando que ‘introduzirá legislação’ para esse efeito o mais rápido possível.

Em setembro, o Judiciário britânico anulou uma autorização concedida pelo governo conservador anterior a um projeto para desenvolver o que teria sido a primeira nova mina de carvão do Reino Unido em 30 anos em Whitehaven, noroeste da Inglaterra.

 

A suposição de que a mina proposta não resultaria em um aumento líquido nas emissões de gases de efeito estufa (...) é legalmente falha”, concluiu o juiz da Suprema Corte em sua decisão.

Pouco depois de chegar ao poder em julho, o novo governo trabalhista desistiu de apoiar o projeto de mineração nos tribunais, onde grupos ambientalistas lutavam contra ele.

“A energia movida a carvão continua sendo a principal fonte de emissões de CO2 relacionadas à energia a nível mundial. Sua eliminação gradual é um passo crucial na luta contra a mudança climática”, disse o governo em um comunicado nesta quinta-feira.

O país também fechou sua última usina de energia movida a carvão em setembro, encerrando o uso de carvão em sua produção de eletricidade, algo inédito para um membro do G7, o grupo dos sete países mais desenvolvidos.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, que aspira estar na vanguarda da diplomacia climática, revelou metas ambiciosas para a redução das emissões de gases de efeito estufa na COP29 em Baku, na terça-feira, que foram cautelosamente bem recebidas pelas ONGs.

O país se comprometeu a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em “pelo menos 81%” em relação a 1990 até 2035.

Desde julho, o novo governo anunciou o lançamento de projetos de energia eólica e solar e o compromisso de não mais conceder licenças de exploração de hidrocarbonetos no Mar do Norte.

Ela também deve lançar uma nova empresa pública, dotada de £8,3 bilhões (valor em 61,1 bilhões de reais na cotação atual) para financiar seu compromisso com a eletricidade livre de carbono até 2030.

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