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Reino Unido recorda primeiro aniversário da morte de Elizabeth II com moderação

Não há nenhum grande evento público programado para marcar a mudança de era

Homenagens são vistas nas grades do Palácio de BuckinghamHomenagens são vistas nas grades do Palácio de Buckingham - Foto: Daniel Leal/AFP

O Reino Unido recordou nesta sexta-feira (8) o primeiro aniversário da morte de Elizabeth II, após 70 anos de reinado, e a ascensão ao trono de seu filho Charles III.

A rainha morreu aos 96 anos em 8 de setembro de 2022 no Castelo de Balmoral, na Escócia, onde costumava passar os verões.

Na ocasião, milhares de pessoas esperaram horas para ver o caixão da monarca mais longeva no trono britânico.

Um novo capítulo começava no Reino Unido e nas demais 14 nações nas quais o soberano britânico é chefe de Estado, com a chegada de Charles III ao trono aos 73 anos (74 atualmente).

Um ano depois, não há nenhum grande evento público programado para marcar a mudança de era.

O rei e sua esposa, a rainha Camilla, que estão em Balmoral, preservando a tradição iniciada por Elizabeth, visitarão a uma pequena igreja nos arredores de Crathie Kirk para rezar.

O príncipe William, herdeiro do trono, e sua esposa Catherine, assistirão a uma missa privada em Gales, na cidade de St Davids, que a falecida rainha visitou em 1955.

Na capital britânica, uma salva de tiros de canhão ressoará no Hyde Park e na Torre de Londres.

Há alguns dias, o governo revelou que em 2026, no centenário do nascimento de Elizabeth II, será apresentado um projeto de "memorial permanente".

"Recordamos com grande afeto sua longa vida, o serviço devoto e tudo o que significou para tantos de nós", disse Charles III em uma mensagem gravada para o aniversário, reproduzida nas primeiras páginas de muitos jornais.

"Estou profundamente agradecido, também, pelo amor e apoio demonstrados a mim e a minha esposa durante ano, enquanto fizemos o possível para estar a serviço de todos", afirmou.

Harry, de passagem
O monarca, nestas últimas semanas, esteve presente algumas festas tradicionais na Escócia com sua esposa, Camilla, e sua irmã, a princesa Anne.

Seu primeiro ano como rei foi repleto de novidades, como a nomeação de um novo primeiro-ministro, seu primeiro discurso de Natal, a primeira visita de Estado ao exterior, à Alemanha, e a recepção a chefes de Estado.

Bem menos popular que sua adorada mãe, o rei viu o aumento das manifestações antimonarquia em suas viagens pelo país, em particular durante sua coração em 6 de maio.

Porém, uma recente pesquisa do YouGovs indicou que 59% dos britânicos consideram que o rei faz um "bom trabalho", contra 17% que pensam o contrário.

Sue Hulley, funcionária de um escritório de advocacia, de 58 anos, entrevistada pela AFP perto do Palácio de Buckingham, acredita que o rei "fez bem (...) em não introduzir mudanças radicais" na monarquia.

Joanne Hughes, aposentada de 61 anos, destacou sua "abordagem moderna" no posicionamento da família real.

Entre os jovens, o apoio à monarquia despencou.

Jessica Wilcock, estudante de 21 anos, acredita que o rei "não fez nada de destaque" até agora.

Não é provável que este aniversário seja a ocasião para a reconciliação entre o príncipe Harry, o filho mais novo de Charles, e a família real.

O duque de Sussex, que vive na Califórnia com sua esposa Meghan e seus dois filhos, está no Reino Unido para um evento beneficente, mas segundo a imprensa britânica, não há previsão de que encontre seu pai Charles e o irmão William.

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