Paleontologia

Réplica de titanossauro da Patagônia será exposta em Londres

Os especialistas estimam que o animal pesasse aproximadamente 57 toneladas e a altura de um prédio de 5 andares

Uma fotografia tirada em 28 de março de 2023 mostra o Patagotitan mayorum, o dinossauro gigante mais completo já descoberto, exibido durante a prévia para a imprensa da exposição "Titanossauro: a vida como o maior dinossauro" no Museu de História Natural,Uma fotografia tirada em 28 de março de 2023 mostra o Patagotitan mayorum, o dinossauro gigante mais completo já descoberto, exibido durante a prévia para a imprensa da exposição "Titanossauro: a vida como o maior dinossauro" no Museu de História Natural, - Foto: Justin Tallis / AFP

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A réplica de um dos maiores dinossauros que já habitou a Terra vai ser exposta em Londres a partir desta sexta-feira (31). É a primeira vez que essa espécie de titanossauro será exibida na Europa, desde que o original foi descoberto na Patagônia há 20 anos.

Com 37,2 metros de comprimento, o "Patagotitan mayourum" coube apenas na grande sala do Museu de História Natural de Londres.

Com o pescoço estendido para cima, a réplica do animal chega à altura de um prédio de cinco andares, segundo os pesquisadores.

Uma fotografia tirada em 28 de março de 2023 mostra o Patagotitan mayorum, o dinossauro gigante mais completo já descoberto, exibido durante a prévia para a imprensa da exposição Justin Tallis / AFP

O titanossauro vai substituir a popular réplica do Diplodoco (espécie de dinossauro herbívoro) "Dippy", que ficou exposto no museu até 2015.

O mais novo integrante da galeria foi feito a partir do molde de um dos seis titanossauros descobertos depois que um agricultor da região argentina avistou, em 2010, um osso de coxa gigante que sobressaía no solo, dando lugar a escavações que prosseguiram até 2015.

"Descobriram um cemitério desses animais com seis indivíduos diferentes embaixo da terra", explica à AFP Paul Barrett, cientista responsável pela exposição, antes da abertura.

"Ao longo de quase três anos, escavaram todos esses ossos (...) e puderam revelar que existia uma nova espécie de dinossauro gigantesco (...), um dos maiores animais que já pisou a Terra", acrescenta.

A espécie viveu nos bosques da atual Patagônia entre 100 e 95 milhões milhões de anos atrás, durante o período Cretáceo superior.

Os especialistas estimam que o animal pesasse aproximadamente 57 toneladas.

Quebra-cabeças gigante
Este herbívoro tinha quatro patas em forma de coluna e um pescoço e uma cauda extremamente longos.

Para conseguir sobreviver, comia diariamente aproximadamente 130 quilos de vegetação.

Apesar de a razão de seu desaparecimento ainda ser um mistério, acredita-se que os seis dinossauros descobertos no mesmo lugar morreram ao mesmo tempo.

"Não sabemos porque morreram (...) uma inundação pode tê-los levado, também pode se dever a algum outro problema ambiental, como uma seca", explica Barrett, acrescentando que mais investigações estão sendo realizadas.

Após a descoberta na Argentina, especialistas em dinossauros escanearam cada um dos ossos em 3D para criar réplicas em resina de poliéster e fibra de vidro que montaram sobre uma estrutura de aço.

Uma empresa canadense demorou mais de seis meses para fabricar o molde gigante a partir de dezenas de fósseis escavados no sítio arqueológico.

Os ossos reais são pesados demais para serem expostos e o fato de serem réplicas permite que os visitantes possam tocá-lo.

O exemplar chegou a Londres em 32 caixas separadas, o que significa que "cada peça teve que ser montada como um quebra-cabeças gigante", explica Sinead Marron, do Museu de História Natural londrino.

A exposição quer "contar a história de como um animal como esse cresceu a partir de um ovo diminuto, menor que uma bola de futebol, até se tornar esse assombroso gigante de 57 toneladas", afirma.

Os visitantes poderão tocar os dentes de um dos predadores do titanossauro ou entrar em seus órgãos internos para ver como funcionavam seus pulmões, seu coração e seu intestino.

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