Representantes do governo e Anvisa vão se reunir para discutir medidas contra Ômicron
Entre os assuntos a serem debatidos estão as recomendações para exigência do certificado de vacinação contra a Covid-19
Representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) irão se reunir nesta terça-feira (30) com integrantes do grupo interministerial do governo Bolsonaro para discutir medidas contra a nova variante Ômicron.
Entre os assuntos a serem debatidos estão as recomendações para exigência do certificado de vacinação contra a Covid-19 e para barrar a entrada no país de viajantes de mais quatro países africanos. O encontro será na Casa Civil, às 18h.
A agência publicou nota técnica sugerindo à Casa Civil que a vacinação contra a Covid-19 seja obrigatória para entrada no Brasil por ar e terra. A segunda dose ou a dose única da vacina deve ter sido dada pelo menos 14 dias antes da entrada no país. As recomendações, enviadass em 12 de novembro ao Planalto, consideram as mudanças no cenário epidemiológico.
"A inexistência de uma política de cobrança dos certificados de vacinação pode propiciar que o Brasil se torne um dos países de escolha para os turistas e viajantes não vacinados, o que é indesejado do ponto de vista do risco que esse grupo representa para a população brasileira e para o Sistema Único de Saúde”, destacou a agência em nota.
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O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) já se posicionaram a favor da medida. No entanto, integrantes do governo são contra a medida. O ministro da Justiça, Anderson Torres, por exemplo, disse ser contra a medida porque a vacina “não impede a transmissão da doença”.
Outro ponto a ser analisado é a entrada de estrangeiros vindos da África na lista de restrição de voos e desembarque no Brasil. A Anvisa recomendou incluir Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia. Na sexta-feira, o governo acatou pedido da agência e decidiu barrar visitantes da África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
As recomendações da Anvisa são analisadas conjuntamente pela Casa Civil, Ministério da Saúde, Ministério da Infraestrutura e Ministério da Justiça.