Repressão na Venezuela: Mais de 700 pessoas são presas em protestos contra reeleição de Maduro
Ministério Público indicou que parte dos detidos serão processados por 'terrorismo'; acusação pode ser estendida à oposição, que convocou manifestações, afirma procurador-geral
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou nesta terça-feira (30) que 749 pessoas já foram detidas em protestos contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro, proclamada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) sob denúncias de fraude da oposição e de grande parte da comunidade internacional.
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Em declaração na sede do Ministério Público, ele afirmou que parte dos presos serão processados por "terrorismo", acusação que pode ser estendida a líderes opositores que "instigaram" a população a ir às ruas — sem citar nomes, mas em referência à líder opositora María Corina Machado.
Na segunda-feira, após um dia de protestos maciços ao redor do país contestando o resultado anunciado pelo CNE, María Corina convocou as famílias venezuelanas a irem às ruas e se manifestarem em frente às seções eleitorais.