Restos de três mastodontes de mais de 11 mil anos são descobertos nos Andes peruanos
Os mastodontes eram mamíferos proboscídeos (com tromba), pertencentes à família já extinta dos gonfotéridos (Gomphotheriidae), parentes extintos dos elefantes
Os restos fósseis de três mastodontes com mais de 11 mil anos de idade foram encontrados na região centro-andina de Junín, no Peru, conforme informaram nesta sexta-feira (27) os pesquisadores responsáveis pela descoberta.
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"Foram descobertos os restos de três mastodontes em bom estado de conservação, que datam da era do Pleistoceno", disse à AFP o paleontólogo Iván Meza, do Instituto Geológico, Minero e Metalúrgico (Ingemmet).
O achado ocorreu há algumas semanas em uma área selvagem no distrito de Chambará, em Junín, cerca de 290 km a leste de Lima. As escavações haviam começado em 2019.
"É uma descoberta única no Peru. O local pode ser um sítio de megafauna com restos de outros animais do Pleistoceno", período que começou há 2,6 milhões de anos e terminou há 11.700 anos, destacou o pesquisador.
Os mastodontes poderiam medir até três metros de altura, acrescentou Meza.
Entre os restos encontrados estão presas, fêmures, tíbias, fíbulas (perônio), costelas, ulnas (cúbito), dentes e outras partes.
Os mastodontes eram mamíferos proboscídeos (com tromba), pertencentes à família já extinta dos gonfotéridos (Gomphotheriidae), parentes extintos dos elefantes.
Esses mastodontes vieram da América do Norte quando o istmo do Panamá se fechou completamente, há cerca de 3 a 4 milhões de anos, durante o Grande Intercâmbio Biótico Americano, colonizando a América do Sul.