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GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Retirada de brasileiros da Faixa de Gaza é uma operação "complexa e de alto risco", diz embaixador

Ônibus já foram alugados e pontos de encontro definidos, mas data de viagem segue incerta

Vítima dos combates na Faixa de GazaVítima dos combates na Faixa de Gaza - Foto: Mahmud Hams/AFP

As autoridades brasileiras preparam para os próximos dias uma operação para retirar 30 nacionais residentes na Faixa de Gaza, território palestino alvo de conflitos desde o último sábado, quando o grupo terrorista Hamas deu início a uma ofensiva contra Israel.

A data de saída segue incerta, mas o embaixador Alessandro Candeas, chefe do Escritório de Representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia, afirmou, nesta terça-feira (10), que a maior parte dos preparativos já foi feita.

— A logística está toda pronta. Estamos com dois ônibus alugados, com os pontos de encontro definidos. Tudo definido, apenas aguardando duas coisas: a autorização do Egito para cruzar a fronteira e que a própria fronteira esteja aberta. Ela foi bombardeada três vezes — disse Candeas ao Globo.

Entre segunda e terça-feira, o posto fronteiriço de Rafah, por onde os ônibus com os brasileiros irá passar, foi alvo de bombardeios da Força Aérea Israelense, segundo a agência AFP. O trecho, localizado ao sul, é um dos poucos caminhos para dentro e fora de Gaza que não é controlado por Israel. Por conta dos ataques, a passagem chegou a ser fechada ao longo dos últimos dias.

A incerteza quanto a possibilidade de atravessar Rafah com segurança é uma das pendências com as quais as autoridades brasileiras precisam lidar.

— Quando isso vai acontecer? Espero que o mais rápido o possível, porque a janela de segurança está se fechando. Mas realmente é muito difícil de fazer alguma previsão. Estamos atentos e muito aflitos com essa realidade. Compartilhamos a aflição de nossos brasileiros que estão querendo sair o mais rápido possível de Gaza — disse o embaixador.

Ainda segundo Candeas, a operação de resgate planejada para os próximos dias é um desafio maior para as autoridades brasileiras se comparada a outras situações semelhantes do passado:

— Bem mais complexa, pela diversidade de interlocutores e pelo alto risco — ressaltou o embaixador.

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