Retirada de civis de Mariupol interrompida pelo segundo dia, diz CICV; Putin acusa Zelensky
Há acusações de ambos os lados, do governo russo e do ucraniano
A segunda tentativa de retirar os habitantes de Mariupol, um porto estratégico no sudeste da Ucrânia cercado pelas tropas russas, foi "interrompida", anunciou, neste domingo (6), o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), que abriu a passagem mais cedo.
"Em meio a cenas devastadoras de sofrimento humano em Mariupol, hoje foi interrompida a segunda tentativa de retirar quase 200 mil pessoas da cidade", afirmou o CICV em um comunicado.
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Uma tentativa anterior de retirar civis desta cidade de 450 mil, bombardeada há vários dias pelos russos e seus aliados dos territórios separatistas da região de Donbass, fracassou no sábado, depois que os dois países trocaram acusações sobre desrespeito aos compromissos assumidos.
Tanque do exército ucraniano é destruído no assentamento de Gnutovo, nos arredores de Mariupol
Os ucranianos afirmaram que os russos prosseguiram com os ataques enquanto os civis se reuniram para formar um comboio. Os russos acusaram os defensores da cidade de utilizar os civis como "escudos humanos.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusou as autoridades ucranianas de prejudicar as operações humanitárias de retirada de civis de Mariupol, durante uma conversa telefônica neste domingo com o colega francês, Emmanuel Macron.
Durante a conversa, Putin "chamou a atenção para o fato de que a Ucrânia continua a não respeitar os acordos alcançados sobre questões humanitárias" e acrescentou que os "nacionalistas ucranianos impediram a retirada" no sábado de Mariupol e Volnovakha, uma cidade próxima, informou o Kremlin.