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Óleo

Retirada de material oleoso em praias de Fernando de Noronha segue neste domingo (15)

De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), foi recolhida, até a noite de sábado (14), meia tonelada de fragmentos.

Cerca de 50 voluntários participaram das ações de recolhimento de óleo em NoronhaCerca de 50 voluntários participaram das ações de recolhimento de óleo em Noronha - Foto: Divulgação/Marinha

Seguem neste domingo (15) as ações de retirada de lixo e resíduos oleosos encontrados, neste fim de semana, em cinco praias de Fernando de Noronha.

Ao todo, de acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), foi recolhida, até a noite de sábado (14), meia tonelada de fragmentos. Já a Marinha informou ter coletado 300 kg.

Os trabalhos estão sendo coordenados pelo órgão de preservação e pela Marinha e contam com a participação de cerca de 50 pessoas, entre biólogos e voluntários, e com o apoio de ONGs e da EcoNoronha, empresa concessionária que administra o Parque Nacional Marinho.

Depois das praias do Leão, Caieras, Enseada dos Abreus e Sueste, a operação vai se concentrar em Atalaia.

Material em análise
Segundo a chefe do ICMBio no arquipélago, Carla Guaitanele, a quantidade de produto oleoso identificado neste domingo é menor que nos outros dias.

Os resíduos retirados serão submetidos à análise da Marinha e dos pesquisadores do órgão e de outras instituições, como o Ibama.

Nas redes sociais, grupos e movimentos em defesa do meio ambiente, como o Salve Maracaípe e o Instituto Bioma Brasil, divulgaram imagens de bolas pretas que chegavam do mar e que eram descritas como vestígios de petróleo, semelhantes aos que poluíram o litoral do Nordeste no segundo semestre de 2019.

No entanto, de acordo com a chefe do ICMBio, não é possível ainda precisar a natureza do material nem dizer se o óleo coletado agora é o mesmo tipo de substância derramada dois anos atrás.

“Tem que ser feita uma pesquisa, mas qualquer informação agora é 'chute'”, afirmou. “Quando se fala em bolas de petróleo, é mais o formato que ele [o material] chega, mas não dá para a gente saber mesmo de quanto tempo é ou de onde veio. Esse tipo de informação, só com a análise em laboratório”.

Resíduos plásticos
Guaitanele disse que elas vieram com muito lixo. “Imagino que [o material] tenha vindo por meio de uma corrente marítima que seguiu essa rota em direção a Noronha e conseguiu chegar de forma concentrada”, comentou.

Ainda segundo ela, é comum encontrar resíduos plásticos vindos do mar na costa da ilha. “Em geral, eles não vêm associados a óleo, mas agora foi, de fato, uma concentração muito maior”, relatou.

Como consequência, a poluição das praias produzida pelo ser humano traz riscos à vida das espécies que habitam o local.

“O lixo é extremamente prejudicial à biodiversidade. Então, é bem complexo. Tanto que a coleta é feita com luvas e proteção porque é um material considerado perigoso. A atenção nossa é maior para o tipo de resíduo que está chegando”, concluiu a chefe do ICMBio de Fernando de Noronha.

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