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Rio de Janeiro

Rio alerta para crescimento de casos de dengue do tipo 2, o mesmo da epidemia de 2008

O secretário Alexandre Chieppe salienta que o número de casos vem crescendo, o que acende um alerta com a aproximação do verão

Aedes aegypti fêmea é a transmissora da febre amarela, dengue, zika e chikungunya no BrasilAedes aegypti fêmea é a transmissora da febre amarela, dengue, zika e chikungunya no Brasil - Foto: Pixabay

O verão ainda não chegou, o que faz ser a temporada certa para redobrar os cuidados e evitar a proliferação de mosquitos que transmitem dengue e chikungunya — o Aedes aegypti. A Secretaria estadual de Saúde faz um alerta sobre o aumento no número de casos registrados este ano e sobre a volta do tipo 2 da dengue, responsável pela maior epidemia no estado, em 2008, que resultou na morte de 173 pessoa infectadas no período de janeiro a junho daquele ano.

Na última segunda-feira (24), a secretaria lançou o Plano de Contingência para Enfrentamento às Arboviroses, que visa a dar uma rápida resposta para o combate à doença.

O secretário Alexandre Chieppe salienta que o número de casos vem crescendo, o que acende um alerta com a aproximação do verão. De acordo com os dados registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), em 2022, foram notificados 10.471 casos e 14 óbitos por dengue, de janeiro a outubro, considerando até o dia 16, o que representa um aumento de 300% em relação ao ano passado. A reentrada do vírus tipo 2 é mais um fator de preocupação.

— Não é o momento, ainda, de uma grande transmissão de dengue aqui no Estado do Rio de Janeiro. Nós estamos falando de mais de 10 mil casos que ocorreram principalmente no primeiro semestre. Mas é um momento de alerta. Nós temos a reentrada do tipo 2 da dengue, o mesmo que causou a maior epidemia, a mais letal da história do Rio de Janeiro, em 2008, e isso, obviamente, acende o sinal de alerta e a necessidade de intensificar as ações de prevenção para que a gente não tenha no fim do ano agora e no início do ano que vem, uma elevada transmissão de dengue — disse Chieppe, em entrevista ao "Bom Dia Rio", da TV Globo, na manhã desta terça-feira.

O secretário destacou a importância de já dar início às medidas de prevenção, como evitar o acúmulo de água parada em casa, que deve ser redobrado na próxima estação, tempo típico para chuvas recorrentes.

— Historicamente, a transmissão de dengue no Rio de Janeiro acontece em dezembro, janeiro, fevereiro e março, principalmente até abril, quando a gente tem o aumento da temperatura e um padrão de chuva mais constante. Isso aumenta o risco de criadouros do mosquito que serve para alimentar uma epidemia. Por isso, a necessidade de a gente começar nossas ações de prevenção agora, exatamente para poder evitar que esses criadouros se multipliquem aqui no estado — disse.

A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti presente em toda a área urbana e periurbana do estado. São quatro tipos de vírus: DenV-1, DenV-2, DenV-3 e a DenV-4. Atualmente, a maior circulação no estado são os sorotipos 1 e 2, sendo o DENV-2 predominante, segundo a SES.

— A pessoa pode ter até quatro episódios de dengue na vida, e tem gente que às vezes acha que teve dengue e pode não ter sido, mas sim outra virose. Por isso, é importantíssimo que todos se previnam, desde as medidas individuais, como eventual uso de repelente, evitar exposição nas horas mais críticas do dia, no início da manhã e no fim da tarde, mas principalmente as ações coletivas. Tomar conta das nossas casas, evitar qualquer possibilidade de água parada, com vasos de planta que acumulam água, aquela bandeja do ar condicionado, enfim. Qualquer possibilidade de água parada pode servir como criadouro do mosquito — destacou Alexandre Chieppe.

Entre as medidas para evitar a proliferação da dengue, eliminando os focos de larvas que podem vir a se tornar um mosquito, estão:

Verificar se a caixa d'água está bem tampada;

Deixar as lixeiras bem tampadas;

Colocar areia nos pratos de plantas;

Recolher e acondicionar o lixo do quintal;

Limpar as calhas;

Cobrir piscinas;

Tapar os ralos e baixar as tampas dos vasos sanitários;

Limpar a bandeja externa da geladeira;

Limpar e guardar as vasilhas dos animais de estimação;

Limpar a bandeja coletora de água do ar-condicionado;

Cobrir bem a cisterna;

Cobrir bem todos os reservatórios de água.

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