Rio de Janeiro corta subsídio de consórcios por circularem com ônibus com ar-condicionado desligado
Secretaria municipal de Transportes informou que empresas deixaram de receber R$ 2,3 milhões em janeiro
A prefeitura do Rio de Janeiro já começou a punir os consórcios que operam as empresas de ônibus no município por circularem com os veículos com ar-condicionado desligado, com defeito ou pelos carros não disporem de refrigeração, o que torna as viagens mais difíceis para os cariocas em pleno verão. A Secretaria municipal de Transportes informou que as viações deixaram de receber R$ 2,3 milhões em janeiro.
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O balanço foi divulgado pela secretaria nesta sexta-feira (24). Segundo o órgão, os dados se referem ao subsídio pago aos consórcios na quinta-feira relativos à segunda quinzena de janeiro, quando a nova penalidade prevista em decreto do prefeito Eduardo Paes entrou em vigor.
Cerca de 70% dos descontos foi pelo descumprimento da quilometragem estipulada pela prefeitura para os ônibus. Veículos com equipamento de refrigeração desligado ou com defeito resultaram no corte de R$ 835 mil do subsídio.
A punição aos consórcios é decorrente de das 1.700 multas aplicadas pela fiscalização. Os consórcios que tiveram mais desconto no pagamento porque seus ônibus estavam circulando com o ar-condicionado desligado foram, pela ordem: Internorte, Transcarioca, Intersul e Santa Cruz.
Mais de R$ 1,5 milhões deixaram de ser pagos aos consórcios por veículos que sequer tinham o equipamento instado. Esses veículos recebem apenas R$ 1,97 por quilômetro rodado em vez de R$ 2,81.
Implantamos novas formas de controle para verificar o funcionamento do ar-condicionado nos ônibus, com mais fiscalização nas ruas. Por isso, os consórcios receberam menos subsídio referente à segunda quinzena de janeiro, afirmou a secretária Maína Celidônio.
Segundo a prefeitura do Rio a partir do fim de julho todos os coletivos deverão ser equipados com sensor de temperatura. O dispositivo permitirá à SMTR monitoras à distância a climatização dos veículos.
Ao todo, os consórcios receberam R$ 23,3 milhões, referentes à operação da segundo quinzena de janeiro. Um acordo firmado entre a prefeitura e os consórcios, em 19 de maio de 2022, prevê o pagamento de subsídio ao sistema e a regularização do serviço de ônibus na cidade. Após o acordo, 65 linhas que estavam desaparecidas voltaram para as ruas, pelo balanço da prefeitura.
Os consórcios responderam que "o Rio Ônibus (que os representa) mantém contato permanente com a SMTR visando a melhoria do serviço prestado à população". A nota acrescenta ainda que "os consórcios seguem atuando com uma força-tarefa para reativar os aparelhos de ar-condicionado e revisar os ônibus."