calor

Rio de Janeiro corta subsídio de consórcios por circularem com ônibus com ar-condicionado desligado

Secretaria municipal de Transportes informou que empresas deixaram de receber R$ 2,3 milhões em janeiro

Ônibus circulam pela cidade sem ar condicionado no centro do Rio de JaneiroÔnibus circulam pela cidade sem ar condicionado no centro do Rio de Janeiro - Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

A prefeitura do Rio de Janeiro já começou a punir os consórcios que operam as empresas de ônibus no município por circularem com os veículos com ar-condicionado desligado, com defeito ou pelos carros não disporem de refrigeração, o que torna as viagens mais difíceis para os cariocas em pleno verão. A Secretaria municipal de Transportes informou que as viações deixaram de receber R$ 2,3 milhões em janeiro.

O balanço foi divulgado pela secretaria nesta sexta-feira (24). Segundo o órgão, os dados se referem ao subsídio pago aos consórcios na quinta-feira relativos à segunda quinzena de janeiro, quando a nova penalidade prevista em decreto do prefeito Eduardo Paes entrou em vigor.

Cerca de 70% dos descontos foi pelo descumprimento da quilometragem estipulada pela prefeitura para os ônibus. Veículos com equipamento de refrigeração desligado ou com defeito resultaram no corte de R$ 835 mil do subsídio.

A punição aos consórcios é decorrente de das 1.700 multas aplicadas pela fiscalização. Os consórcios que tiveram mais desconto no pagamento porque seus ônibus estavam circulando com o ar-condicionado desligado foram, pela ordem: Internorte, Transcarioca, Intersul e Santa Cruz.

Mais de R$ 1,5 milhões deixaram de ser pagos aos consórcios por veículos que sequer tinham o equipamento instado. Esses veículos recebem apenas R$ 1,97 por quilômetro rodado em vez de R$ 2,81.

Implantamos novas formas de controle para verificar o funcionamento do ar-condicionado nos ônibus, com mais fiscalização nas ruas. Por isso, os consórcios receberam menos subsídio referente à segunda quinzena de janeiro, afirmou a secretária Maína Celidônio.

Segundo a prefeitura do Rio a partir do fim de julho todos os coletivos deverão ser equipados com sensor de temperatura. O dispositivo permitirá à SMTR monitoras à distância a climatização dos veículos.

Ao todo, os consórcios receberam R$ 23,3 milhões, referentes à operação da segundo quinzena de janeiro. Um acordo firmado entre a prefeitura e os consórcios, em 19 de maio de 2022, prevê o pagamento de subsídio ao sistema e a regularização do serviço de ônibus na cidade. Após o acordo, 65 linhas que estavam desaparecidas voltaram para as ruas, pelo balanço da prefeitura.

Os consórcios responderam que "o Rio Ônibus (que os representa) mantém contato permanente com a SMTR visando a melhoria do serviço prestado à população". A nota acrescenta ainda que "os consórcios seguem atuando com uma força-tarefa para reativar os aparelhos de ar-condicionado e revisar os ônibus."

Veja também

Filhos exigentes na hora de comer: estudo revela que isso não é culpa dos pais, mas sim dos genes
ESTUDO

Filhos exigentes na hora de comer: estudo revela que isso não é culpa dos pais, mas sim dos genes

Idosos se exercitam com mais frequência do que jovens de 35 anos, diz estudo
saúde

Idosos se exercitam com mais frequência do que jovens de 35 anos, diz estudo

Newsletter