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Rio oficializa mais de 2 mil casos de dengue em 24 horas; número já é o maior do mês, diz secretário

Secretaria Municipal estuda abrir mais quatro polos especializados se os casos da doença seguirem aumentando na cidade

Mosquito Aedes aegypti, transmissor de arbovirosesMosquito Aedes aegypti, transmissor de arboviroses - Foto: Canva

A cidade do Rio de Janeiro oficializou 2.017 casos de dengue em apenas 24 horas, número que já se apresenta como a maior incidência do mês, conforme informou o secretário de Saúde Daniel Soranz. O município tem, ao todo, 26 óbitos registrados pela doença e 56.928 casos desde o início do ano, dado que representa cerca de 53% do montante total do Estado.

— Foi o dia com maior incidência desse mês. A tendência é um crescimento do número de casos nos meses de abril e maio, que é um período em que a maioria das cidades brasileiras tem um aumento de casos, um pico da incidência da doença. Nessa semana, foi o maior número de casos. É uma preocupação muito grande — aponta Soranz, também informando que o valor ainda é menor do que outros registrados em janeiro e fevereiro.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que taxas acima de 300 casos por 100 mil habitantes indicam uma situação epidêmica de alguma doença. Atualmente, o município do Rio possui regiões que registram quatro vezes ou mais que esse valor. A região que compreende bairros como o Centro, Rio Comprido, São Cristóvão e Santa Teresa, por exemplo, apresenta taxa de 1.364,20. Já a área com bairros como Santíssimo e Campo Grande, possui taxa de 1.737,53, quase seis vezes maior que o marco para que a doença seja considerada uma epidemia.

A região na Zona Oeste, com bairros como Santíssimo e Campo Grande, é a que registrou mais número de casos de dengue desde o início do ano. Bairros que tiveram alagamentos, como Guadalupe, Jardim América e Acari também registraram pico de incidência, informou o secretário.

— A gente recomenda a todo carioca que se mobilize, que elimine o foco do mosquito Aedes aegypti nos domicílios, comércios. Esse tempo quente, com chuvas e a circulação da doença favorecem muito a proliferação — aponta o secretário de Saúde, também ressaltando: — Com o aumento do número de casos a gente tem mais facilidade do mosquito picar alguém que esteja com a doença naquele momento e transmitir para outra pessoa. Por isso, a gente recomenda que os pacientes que tenham a doença evitem se expor, utilizem repelente. E também que todo carioca que tiver febre, dor no corpo, dor atrás dos olhos, dor abdominal, manchas vermelhas pelo corpo, que procure uma unidade de saúde para realizar o atendimento e o cuidado.

Ao todo, existem 11 polos de atendimento especializados para a dengue na cidade do Rio. De acordo com Soranz, caso os números continuem crescendo, mais unidades poderão ser abertas.

— Cada polo tem capacidade de atender 120 pacientes por dia. Se for necessário, a gente planeja abrir mais quatro polos de dengue se os números continuarem aumentando.

Números do Estado

Os números da dengue no Estado são atualizados semanalmente, toda segunda-feira. O último balanço apontou que o Rio já havia passado a marca de 100 mil casos da doença em 2024, somando 107.833 casos prováveis no total.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) informou ainda que investiu no reforço da equipe para dar mais agilidade às confirmações de óbitos por dengue e ao processamento da análise das amostras enviadas ao laboratório. Para isso, ampliou as equipes técnicas da Comissão de Investigação de Óbitos de Dengue e determinou à Fundação Saúde o reforço no Laboratório Central Noel Nutels (Lacen-RJ).

Até a última sexta-feira, o Estado havia registrado 26 mortes pela doenças. Quatro delas no Rio de Janeiro, outras quatro em Volta Redonda e mesmo número em Resende. Rio das Ostras teve dois óbitos. Já os municípios de Magé, Cabo Frio, Duque de Caxias, Petrópilis, Macaé, Mangaratiba, Angra dos Reis, Paraty, Itatiaia, Três Rios, Cachoeiras de Macacu e Barra do Piraí registraram um caso cada um.

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