Rio terá quiosque para família de congolês morto na Barra
Estrutura, em Madureira, deve ficar pronta em 60 dias
A prefeitura do Rio de Janeiro e a concessionária Orla Rio iniciaram nesta quinta-feira (31) a construção do Quiosque Moïse, no Parque Madureira, na zona norte da cidade. A estrutura deve ficar pronta em 60 dias e será cedida à família do congolês Moïse Kabagambe, assassinado em 24 de janeiro deste ano em um quiosque na Barra da Tijuca.
A morte do jovem congolês causou indignação e protestos pela brutalidade com que ocorreu. O espancamento foi registrado por câmeras de segurança do quiosque, onde ele teria ido cobrar pagamento por um trabalho realizado.
Nas imagens, é possível ver que o congolês foi derrubado no chão por um homem e, na sequência, recebeu vários golpes deste e dos outros agressores, que continuaram batendo mesmo depois de ele ter sido imobilizado, ficando desacordado.
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Prisão
Três homens que participaram das agressões a Moïse foram presos temporariamente e tiveram a prisão confirmada em audiência de custódia: Fábio Pirineus da Silva, o Belo; Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o Dezenove, e Brendon Alexander Luz da Silva, o Tota.
Inicialmente, a prefeitura do Rio ofereceu à família a concessão do próprio quiosque onde ocorreu o assassinato, mas os familiares recusaram por motivos de segurança. Como alternativa, a Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento viabilizou a concessão do espaço no Parque Madureira.
Polo de cultura
Hoje, o início da construção contou com a presença de familiares de Moïse, a quem o projeto foi apresentado por representantes da Orla Rio e da prefeitura, entre eles o secretário municipal de Fazenda e Planejamento, Pedro Paulo. O espaço terá 150 metros quadrados e foi idealizado pela Orla Rio para ser um polo de cultura congolesa em Madureira.
Segundo a prefeitura, a Orla Rio também vai realizar a instalação de equipamentos e mobiliário, além de oferecer orientações e treinamentos à família para prepará-la para gerir a nova operação.