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Pandemia

RMR atinge seis semanas de redução de casos graves da Covid-19

As outras macorregiões, no entanto, vivem período de aumento de casos da doença

Desinfecção no Centro do RecifeDesinfecção no Centro do Recife - Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR

Nesta terça-feira (30), em entrevista coletiva concedida de forma remota, o secretário de Planejamento e Gestão de Pernambuco, Alexandre Rêbelo, atualizou os índices da epidemia do novo coronavírus no Estado. Em termos gerais, é possível dizer que Pernambuco está apresentando redução no número de novos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) associada à Covid-19, na demanda por leitos de terapia intensiva (UTI) e na quantidade de óbitos motivados pela doença. Esses três índices são os pilares que norteiam o Plano de Convivência das Atividades Econômicas com a Covid-19 no Estado e determinam reaberturas ou fechamentos. 

Segundo o Gabinete de Enfrentamento à Covid-19, criado para acompanhar a epidemia do novo coronavírus, com avaliações por semanas, os primeiros casos da Covid-19 registrados em Pernambuco foram na semana epidemiológica 11, que foi do dia 8 de março até 14 de março. Depois disso, houve um aumento significativo nas semanas 15 e 16, em torno da primeira quinzena de abril. 

A partir da semana 17, que começou no dia 18 de abril, foi iniciado um platô de alta que durou cinco semanas. Nesse período, a média semanal de novos casos graves ficou em torno de 3.400. “Por quase um mês, vivemos o platô de alta. Após a semana 21, os números de casos graves começam a cair. A semana 26, que acabou no último sábado (27), registrou pela sexta semana seguida movimento de queda de casos graves”, disse Rêbelo, acrescentando que os índices de óbitos e demanda por leitos de UTI seguem essa mesma distribuição.

“Tivemos pico de óbitos na semana 20, entre 10 e 16 de maio, quando aconteceram 875 mortes, dos quais 705 motivados pela Covid-19. A exemplo do que aconteceu na quantidade de casos, e é coerente que assim seja, chegamos ao patamar máximo de mortes e começamos a apresentar queda. Em relação ao número de pacientes que chegaram a unidades de saúde e tiveram indicação de internação em UTI, o pico máximo foi na semana 21 (entre 10 e 23 de maio). A partir daí, já temos a quinta semana de redução na demanda por leitos de UTI. Por esses, verificamos que Pernambuco fez escalada de número de casos, viveu platô e tem tendência de queda”, completou o secretário. 

Essa tendência de queda é puxada pelos números da primeira macrorregião, que engloba os municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR), pegando as zonas da mata Norte e Sul e um pedaço do Agreste. Corresponde a pouco mais de 60% da população do Estado (que é de 9.557.048) e, por isso, tem um peso maior no cenário geral da epidemia. 

"As quatro macrorregiões têm situações diferentes. Pernambuco tem redução (nos índices) há seis semanas e isso é puxado pelos números da primeira macro. Isso é importante porque é onde está o maior contingente populacional. A doença chegou por aqui, se desenvolveu e se alastrou. Essa região também puxa os números para baixo. A macro I claramente influencia o resultado do Estado como um todo. Mas não é o movimento das demais macrorregiões. As macros II (Agreste), III (Sertão) e IV (Vale do São Francisco e Araripe) continuam ainda em processo de crescimento. O volume de casos, porém, é menor por conta da densidade populacional. O território é muito mais amplo e disperso, coisa de 900 mil pessoas em 40 cidades (nas macrorregiões II, III e IV). Na macro I são seis milhões, o que mostra a importância”, explicou Rêbelo.  

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