RMR: passageiros enfrentam segundo dia de desafios na "volta para casa"
Rodoviários não têm previsão de retorno ao trabalho
Por mais um dia, os passageiros do Recife e Região Metropolitana enfrentaram dificuldades para voltar para casa. Ainda sem poder contar com o metrô - só deve retomar a operação às 5h desta sexta-feira (28) -, nem com os ônibus, que ainda não têm previsão para retornar com a frota completa às ruas, o fluxo de pessoas no fim do expediente enfrentou grandes filas nos terminais, que refletiu na falta de espaço dentro dos coletivos.
Também houve registro de longos caminhos realizados a pé, por falta de ônibus em alguns locais da cidade.
Um dos diversos exemplos foi o que aconteceu com a vendedora Viviane Barros. Ela aguardava transporte na Avenida Guararapes, na região central da cidade, para se deslocar até o bairro do Prado.
“Para Jardim São Paulo, não aparece nenhum ônibus. E BRT está vindo lotado do Derby, não dá para subir. A gente tem que ir andando até lá para conseguir pegar”, disse.
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De acordo com a Urbana-PE, “o percentual mínimo de 60% da frota em operação nos horários de maior movimento definido pelo TRT não foi alcançado em nenhum momento ao longo do dia, o que reforça a ilegalidade do movimento”.
Para os horários que não são considerados “de pico”, a ordem do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região é de que circule apenas 40% da frota.
São considerados “horários de picos” das 6h às 9h e das 17h às 20h.
Abaixo, veja o que diz o Grande Recife
“O Grande Recife informa que, por decisão do Tribunal Regional do Trabalho, a partir desta data e enquanto durar a greve dos rodoviários, a frota de ônibus deve ser de 60% nos horários de pico e de 40% no restante do dia. O Consórcio esclarece que está trabalhando para fiscalizar o cumprimento da determinação do TRT, fazendo com que a operação de transporte seja realizada para atender às necessidades da população da Região Metropolitana do Recife”, disse.
Sem acordo
Foi realizada, nesta quinta-feira (27), a terceira tentativa de negociação entre representantes do Sindicato dos Rodoviários e da Urbana-PE. Na mesa, nada foi acordado novamente.
Por isso, o caso passará pela análise de 19 desembargadores para um voto. Depois, uma reunião no Tribunal Pleno, com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) acontecerá para definir, em votação conjunta, o que será feito.