Rodoviários se reúnem com Urbana em tentativa de negociação para término da greve nesta quinta (27)
A categoria também chegou a repudiar a decisão de punição de R$ 30 mil por dia caso 60% das linhas de ônibus não operem nos horários de pico
Em meio ao segundo dia de greve dos rodoviários na Região Metropolitana do Recife (RMR), o sindicato se reúne com a Urbana-PE, na manhã desta quinta-feira (27), no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6 ). O objetivo da negociação é alcançar um acordo entre as partes para que a paralisação dos ônibus seja interrompida.
"Nosso setor jurídico está concentrado na reunião com a Urbana que acontece hoje, no TRT-6, a partir das 8h, para tentativa de negociação. Depois da reunião, vamos nos reunir com o jurídico para analisar o próximo passo do sindicato", revelou Josival Costa, secretário geral do sindicato, em contato com a Folha de Pernambuco.
Ainda assim, para o representante do sindicato, não há uma expectativa de que a Urbana vá apresentar uma proposta que arque com as reinvindicações da categoria: "No momento, a intenção é a manutenção da greve, que deve seguir enquanto não recebermos compensações dignas para a categoria e de acordo com o que estamos reivindicando", pontuou.
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As reinvindicações do sindicato giram em torno, principalmente, de um aumento na campanha salarial, além de uma melhoria de direitos relacionados à jornada de trabalho, plano de saúde e aposentadoria. Assim como os rodoviários, os metroviários também decidiram adotar uma paralisação, de 48 horas, que deve ser finalizada às 23h49 desta quinta-feira.
Como forma de combate à greve, o TRT-6 anunciou que aplicará multa de R$ 30 mil à categoria caso 60% da frota de ônibus não esteja circulando na RMR durante os horários de pico, como prevê a lei. De acordo com o secretário geral, o sindicato recebeu a notícia sobre a punição de maneira "muito negativa" e que analisa, ao lado do jurídico, o que deve ser feito.
"Foi muito negativo. Nós recebemos uma multa sem termos culpa, porque a empresa muitas vezes pode liberar a quantidade de carros que a Justiça pede, mas não o fazem para não atrapalhar o movimento. Então vamos entrar na Justiça e ver os motivos cabíveis para a aplicação dessa multa em nós e, a partir disso, analisar quais serão os próximos passos para que possamos continuar a greve", pontuou Josival Costa.
Segundo a Urbana, cerca de 39% da frota total circulou por Recife e região na quarta-feira (26) até as 7h. Ainda assim, foram registrados vários transtornos por parte da população que tentava voltar para casa ou ir para o trabalho. Nesta quinta, a reportagem entrou em contato com o Consórcio Grande Recife, que realiza o levantamento no dia, mas, até o momento, os dados ainda não foram computados.