Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle, é expulso da PM do Rio após quase quatro anos preso
Sargento reformado está preso desde março de 2019 e já tem duas condenações, uma delas por ocultar armas usadas no homicídio
A Polícia Militar decidiu, nesta quarta-feira, expulsar da corporação o sargento reformado Ronnie Lessa, preso em março de 2019 pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A decisão foi publicada no boletim interno da PM de 8 de fevereiro. Lessa foi excluído "a bem da disciplina" e tem sua conduta classificada como "execrável".
O agora ex-policial respondia a um processo disciplinar desde 2021, quando foi condenado pela Justiça a 4 anos e meio de prisão pela ocultação de armas que teriam sido usadas para matar Marielle e Anderson. No ano passado, Lessa foi condenado em outro processo, desta vez por comércio ilegal de armas, a 13 anos e seis meses de prisão. O processo que gerou esta última condenação tratou da apreensão de 117 peças de fuzis que o então sargento reformado escondia no apartamento de um amigo.
"As aludidas condutas adotadas caracterizam desapreço ao serviço policial militar e aos camaradas de farda, maculando irreparavelmente a imagem da Corporação. O proceder reprovável adotado pelo militar estadual não coaduna com os preceitos basilares desta Instituição. Dessa forma, o comportamento apurado no Processo Administrativo Disciplinar ofende de maneira grave, a honradez e a credibilidade desta Instituição Bicentenária", diz um trecho da decisão do Conselho de Disciplina que levou à expulsão de Lessa.
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Ele já estava respondendo a outro processo disciplinar, aberto em 2019, após ser acusado dos homicídios de Marielle e Anderson. Esse procedimento, porém, foi suspenso em outubro de 2021, à espera da conclusão do processo sobre a morte da vereadora e do motorista.