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EUA

Rubio expressa "preocupações" ao chanceler chinês sobre Taiwan e o Mar da China Meridional

Este foi o primeiro contato entre os dois ministros das Relações Exteriores desde que Rubio assumiu o cargo

O secretário de Estado americano, Marco RubioO secretário de Estado americano, Marco Rubio - Foto: Haiyun Jiang/TNYT

O secretário de Estado americano, Marco Rubio, expressou em uma ligação com seu homólogo chinês, Wang Yi, suas "sérias preocupações" sobre Taiwan e o Mar do Sul da China, informou nesta sexta-feira (24) o Departamento de Estado.

Na chamada, Rubio "ressaltou o compromisso dos Estados Unidos com seus aliados na região e as sérias preocupações levantadas pelas ações coercitivas da China contra Taiwan e no Mar do Sul da China", declarou em um comunicado Tammy Bruce, porta-voz do Departamento de Estado.

Rubio também destacou que a administração do presidente Donald Trump "buscará uma relação entre os Estados Unidos e a China que promova os interesses americanos e coloque o povo dos EUA em primeiro lugar".

Este foi o primeiro contato entre os dois ministros das Relações Exteriores desde que Rubio, conhecido por sua postura rígida contra a China, assumiu o cargo na última terça-feira.

Por sua vez, Wang instou seu colega americano a lidar com o tema de Taiwan com "cautela", conforme comunicado de seu gabinete em Pequim.

"Nunca permitiremos que Taiwan se separe da China", afirmou Wang, acrescentando que Washington "não deve trair sua promessa" de aderir ao princípio de "uma só China".

A China considera Taiwan parte de seu território e ameaça usar a força para retomar o controle da ilha autônoma.

Os Estados Unidos, por muito tempo, têm apoiado Taiwan e são seu principal fornecedor de armas, embora não reconheçam formalmente seu status diplomático.

Em uma audiência no Senado na semana passada, Rubio classificou a China como "o adversário mais poderoso e perigoso que os Estados Unidos já enfrentaram" e prometeu fortalecer o apoio a Taiwan para evitar uma invasão.

Wang enfatizou durante a reunião que as duas maiores economias do mundo precisam encontrar "uma maneira de coexistir nesta nova era", uma aparente referência ao retorno de Trump à Casa Branca.

A China reivindica a maior parte do Mar do Sul da China, uma rota marítima estratégica, apesar de uma decisão internacional que estabelece que essa reivindicação carece de base legal.

Os frequentes confrontos com as Filipinas têm gerado temores de que possam arrastar os Estados Unidos, aliado histórico de segurança de Manila, para um conflito armado com o gigante asiático.

Rubio discutiu as crescentes ambições chinesas em reuniões realizadas na terça-feira em Washington com seus colegas do Japão, da Austrália e da Índia. Nesta sexta-feira, também se encontrou com o chefe da diplomacia vietnamita.

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