Rússia afirma que candidaturas de Suécia e Finlândia à Otan são "grave erro"
Para Finlândia e Suécia, países que não entraram para a Aliança nem durante a Guerra Fria, a mudança de rumo é consequência da ofensiva russa contra a Ucrânia
As candidaturas de Suécia e Finlândia para integrar a Otan, em resposta à ofensiva russa contra a Ucrânia, são um "grave erro", afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Riabkov.
"É um grave erro adicional, cujas consequências terão um longo alcance", declarou o vice-ministro, segundo a agência de notícias Interfax.
Riabkov explicou que a resposta da Rússia "dependerá das consequências práticas da adesão" dos dois países nórdicos à Organização do Tratado do Atlântico Norte.
"Para nós, está claro que a segurança da Suécia e da Finlândia não será reforçada por esta decisão", afirmou antes de destacar que "o nível de tensão aumentará".
Leia também
• Finlândia, país vizinho da Rússia, se aproxima da Otan, que promete apoio ilimitado à Ucrânia
• Finlândia informa Putin sobre intenção de aderir à Otan e russo considera um "erro"
• G7 nunca reconhecerá as fronteiras que a Rússia deseja modificar à força, afirmam ministros
O Partido Social-Democrata que governa a Suécia aprovou no domingo (15) a candidatura à Otan, poucas horas depois de o governo da Finlândia anunciar o desejo de aderir à organização, que a Rússia considera uma ameaça a sua existência.
Para Finlândia e Suécia, países que não entraram para a Aliança nem durante a Guerra Fria, a mudança de rumo é consequência da ofensiva russa contra a Ucrânia, pois Moscou é percebida como uma ameaça por seus vizinhos.
A Finlândia, em particular, compartilha 1.300 quilômetros de fronteira com a Rússia.
A Rússia justificou, entre outras alegações, a ofensiva contra a Ucrânia por sua aproximação da Otan e pelou apoio político, diplomático e militar da organização ao governo ucraniano. Moscou pretendia, desta maneira, afastar os ocidentais de suas fronteiras.
Os países da Aliança também estão fornecendo grandes quantidades de armas às forças ucranianas que lutam contra o exército russo há quase três meses.