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RÚSSIA

Rússia afirma que redirecionou exportações de petróleo para Ásia

No final de novembro, a Rússia decidiu, intensificar a redução da produção de petróleo para estimular os preços

O presidente da Rússia, Vladimir Putin O presidente da Rússia, Vladimir Putin  - Foto: Gavriil Grigorv/ Pool / AFP

A Rússia redirecionou quase 100% de suas exportações de petróleo para a China e a Índia, com receitas comparáveis ao nível de 2021, anunciou vice-primeiro-ministro, Alexander Novak.

O país, alvo de várias sanções de potências ocidentais por sua ofensiva na Ucrânia, em particular sobre o setor de hidrocarbonetos, vende atualmente entre 45% e 50% de seu petróleo para a China e 40% para a Índia, anunciou Novak nesta quarta-feira.

"Se antes abastecíamos a Europa com entre 40 e 45% do volume total de exportações de petróleo e produtos petrolíferos, este ano esperamos que o número não supere 4-5%", explicou Novak em uma entrevista ao canal de televisão Rossiya 24.

Apesar das restrições do Ocidente, que pretende limitar o preço de venda do petróleo russo, Novak destacou que o "complexo energético e de petróleo da Rússia se desenvolveu com sucesso em 2023".

"Muitas pessoas querem comprar petróleo e produtos petrolíferos russos. São países da América Latina, países da África e outros países da região Ásia-Pacífico", afirmou.

A receita da Rússia com petróleo e gás em 2023 deve alcançar quase 9 trilhões de rublos (98 bilhões de dólares, 471 bilhões de reais), o que representa "aproximadamente o nível de 2021", antes das sanções, revelou Novak.

A indústria de hidrocarbonetos representa 27% do PIB (Produto Interno Bruto) da Rússia. As vendas ao exterior são quase 57% das exportações totais do país, segundo o vice-primeiro-ministro.

No final de novembro, a Rússia decidiu, ao lado dos demais países da OPEP+ (Organização de Países Exportadores de Petróleo e seus aliados), incluindo a Arábia Saudita, intensificar a redução da produção de petróleo para estimular os preços.

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