guerra na ucrânia

Rússia afirma que referendos na Ucrânia terão consequências para segurança de regiões anexadas

"A situação legal mudará radicalmente do ponto vista do direito internacional e isto também terá consequências sobre a segurança nestes territórios", disse o porta-voz do Kremlin

Dmitry Peskov, porta-voz do KremlinDmitry Peskov, porta-voz do Kremlin - Foto: Kirill Kudryavtsev / AFP

O Kremlin afirmou que os referendos de anexação que terminam nesta terça-feira (27) em quatro regiões ucranianas ocupadas por Moscou terão consequências "radicais" nestes territórios, em particular na questão de segurança.

"A situação legal mudará radicalmente do ponto vista do direito internacional e isto também terá consequências sobre a segurança nestes territórios", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Mais cedo nesta terça-feira, o ex-primeiro-ministro e presidente Dmitri Medved falou da possibilidade de que a Rússia aplique sua doutrina de dissuasão nuclear nesses territórios, a qual prevê o uso dessas armas em caso de ataque nuclear contra a Rússia ou de uma ameaça existencial contra o Estado.

"O exército russo reforçará significativamente a defesa de todos os territórios (ucranianos) anexados" à Rússia, prometeu Medvev no Telegram.

O reforço desta defesa será possível pela "mobilização" de militares na Rússia e pelo uso de "todas as armas, incluindo as estratégicas", detalhou.

"A Rússia tem o direito de usar armas atômicas, se necessário, em casos predefinidos, em estrita conformidade com os princípios da política governamental de dissuasão nuclear", acrescentou Medvedev. 

Questionado sobre as declarações de Medvedev, o porta-voz do Kremlin confirmou que elas coincidiam com a "doutrina militar" da Rússia e aconselhou a todos que "lembrem" os princípios dessa doutrina.

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