guerra na ucrânia

Rússia alista 16 mil novos recrutas para lutar na Ucrânia após atentado terrorista em Moscou

Centros de recrutamento militar observaram aumento de voluntários no período posterior ao ataque contra o Crocus City Hall, reivindicado pelo Estado Islâmico

Forças de segurança patrulham entorno do Crocus City Hall, local do atentado terrorista reivindicado pelo Estado Islâmico nos arredores de MoscouForças de segurança patrulham entorno do Crocus City Hall, local do atentado terrorista reivindicado pelo Estado Islâmico nos arredores de Moscou - Foto: AFP

O Ministério da Defesa da Rússia indicou, nesta quarta-feira (3), que 16 mil novos recrutas se alistaram em centros de recrutamento militar nas últimas semanas, desde o atentado terrorista contra uma casa de shows no mês passado, em um subúrbio de Moscou. O ataque, que deixou 144 mortos e dezenas de feridos, foi reivindicado pelo Estado Islâmico — mas autoridades russas insistem em vinculá-lo à Ucrânia. Kiev nega.

"[Os centros de recrutamento] registraram uma alta significativa do número de pessoas que querem assinar contrato (...) na última semana em meia", afirmou o Ministério em um comunicado publicado pelo Telegram, referindo-se ao intervalo de tempo que corresponde à data do ataque contra o Crocus City Hall. "No total, 16 mil cidadãos assinaram contratos para participar da operação militar especial [termo que o Kremlin utiliza para a ofensiva na Ucrânia] nos últimos 10 dias".

Embora o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) tenha reivindicado a autoria do ataque mais mortal na Rússia nas últimas décadas, as autoridades russas, especialmente o presidente Vladimir Putin, insistem em vincular o ataque à Ucrânia. Kiev nega as acusações e países ocidentais dizem ter informações de inteligência que apontam para a responsabilidade do grupo terrorista.

Ainda de acordo com o ministério russo, os novos recrutas "indicaram que a principal motivação para assinar o contrato foi o desejo de vingar as vítimas da tragédia" no Crocus City Hall.

— [Esta] é mais uma prova do elevado nível de mobilização da nossa sociedade e de (sua) consolidação em torno [de Putin] — disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

A campanha de recrutamento não para nas redes sociais e também com cartazes nas ruas, prometendo condições atrativas para os futuros soldados. No final de dezembro, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, estabeleceu o objetivo de "aumentar o número de militares com contrato" em 745 mil pessoas até ao final de 2024, para atingir um total de 1,5 milhão de soldados.

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