Rússia aumenta preço da vodca em meio a protestos em todo o país por alistamento militar
Reajuste foi anunciado no momento em que milhares de russos tentam fugir do país depois de terem sido convocados para a guerra
O Ministério das Finanças da Rússia informou nesta terça-feira (27) que o preço da vodca vai aumentar no país. O reajuste foi anunciado em meio a protestos em todo o país contra a mobilização militar decretada pelo presidente Vladimir Putin, na semana passada, que prevê o alistamento de 300 mil reservistas para lutar na guerra contra a Ucrânia.
A medida deve entrar em vigor no mês de janeiro de 2023. Com o reajuste, o preço mínimo do álcool forte – incluindo vodca – para o varejo passará de 261 rublos (R$ 23,84) para 281 rublos (R$ 25,66). Já os conhaques passarão de 349 rublos (R$ 31,87) para 375 rublos (R$ 34,25).
De acordo com a agência de notícias estatal RIA Novosti, a decisão do ministério foi motivada pelas sanções econômicas que o país vem sofrendo desde que invadiu o território ucraniano, em fevereiro.
A pasta também alegou "o crescimento dos custos de produção, preços dos componentes para a produção, bem como o impacto do comércio externo, restrições financeiras e problemas com importação de equipamentos, acessórios e matérias primas neste ano.
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O anúncio do reajuste coincide com a mobilização militar russa. Desde que os reservistas do país começaram a ser convocados, filas quilométricas foram registradas nas fronteiras da Rússia com a Finlândia, Geórgia e Cazaquistão.
A convocação de reservistas também desencadeou uma onda de protestos na Rússia, que veio acompanhada de repressão policial. O número de manifestantes presos passava de 2.350 nesta segunda-feira.