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Guerra na Ucrânia

Rússia coloca em perigo a região com ocupação de central nuclear ucraniana, afirma G7

A nota afirma que o grupo está "profundamente preocupado com a grave ameaça" que o exército russo representa para a segurança das instalações nucleares ucranianas

Presidente dos EUA, Joe Biden, em cúpula do G7 na AlemanhaPresidente dos EUA, Joe Biden, em cúpula do G7 na Alemanha - Foto: Jonathan Ernst/Pool/AFP

O G7, grupo dos países mais industrializados do planeta, criticou nesta quarta-feira (10) a ocupação da central nuclear de Zaporizhzhia e pediu à Rússia que devolva o controle total da usina para a Ucrânia.

"Exigimos que a Rússia devolva imediatamente a seu proprietário soberano legítimo, Ucrânia, o controle total da central de energia nuclear de Zaporizhzhia"”, afirma o G7 em um comunicado divulgado pela Alemanha, que preside o grupo no momento.

A nota afirma que o grupo está "profundamente preocupado com a grave ameaça" que o exército russo representa para a segurança das instalações nucleares ucranianas. 

Os funcionários ucranianos da usina "devem ter condições de executar suas tarefas sem ameaças ou pressão. O controle contínuo da Rússia na central coloca em perigo a região", afirmam os ministros das Relações Exteriores dos países integrantes do grupo.

A central de Zaporizhzhia, a maior central nuclear da Europa, tem seis dos 15 reatores ucranianos, capazes de fornecer energia elétrica para quatro milhões de residências.

As forças russas, que ocupam o local desde março, preparam a operação para conectar a central com a península da Crimeia, anexada por Moscou desde 2014, segundo a operadora ucraniana Energoatam.

"Os militares russos presentes na central nuclear de Zaporizhzhia implementam o programa da Rosatom (operadora russa) para conectar a central à rede de energia elétrica da Crimeia", afirmou o presidente da Energoatom, Petro Kotin.

Com base em  informações fornecidas pela Ucrânia, especialistas da Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA) estimaram que os bombardeios do fim de semana passado "não constituíam uma ameaça imediata para a segurança nuclear", segundo o diretor-geral Rafael Grossi.

Em nota atualizada nesta quarta-feira, ele reiterou a necessidade de que uma missão de especialistas da AIEA visite a central o mais rápido possível. A agência não pôde visitar a instalação desde o início do conflito há mais de cinco meses.

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