Rússia considera 'ilegal' suspensão do Conselho de Direitos Humanos da ONU
A Rússia decidiu pela "rescisão antecipada" deste Conselho, acrescentou a diplomacia do Kremlin
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia considerou "ilegal" a suspensão do país do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em um comunicado publicado nesta quinta-feira (7).
A Rússia considera esta suspensão como "ilegal e motivada politicamente, com o objetivo de punir de maneira ostensiva um Estado-membro soberano da ONU, que tem uma política doméstica e externa independente".
A Rússia decidiu pela "rescisão antecipada" deste Conselho, acrescentou a diplomacia do Kremlin.
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"Infelizmente, nas condições atuais, o Conselho está praticamente monopolizado por um grupo de Estados que o utilizam para seus próprios interesses oportunistas", acrescentou o MRE russo.
A Assembleia Geral das Nações Unidas decidiu, nesta quinta-feira, suspender a Rússia de sua cadeira no Conselho de Direitos Humanos, por causa da invasão da Ucrânia, por 93 votos.
Isso provocou fraturas na unidade internacional contra Moscou, já que, dos 193 países-membros da Assembleia Geral, 24 votaram contra a suspensão e 58 se abstiveram.
Esta suspensão, votada a pedido dos Estados Unidos, é a segunda na história da ONU, depois da Líbia em 2011.
Moscou tem sido um integrante intermitente do Conselho desde 2006. Seu atual mandato expiraria em 2023. A Ucrânia também integra o órgão.