Rússia contratou robôs para difundir propaganda a favor da invasão na Ucrânia, aponta Meta
Empresa disse que suspendeu mais de mil contas envolvidas na campanha
Uma equipe russa contratou pessoas na rua para que elas postassem comentários em redes sociais que dessem a impressão de que a invasão da Ucrânia teve apoio popular, segundo levantamento feito pela Meta, empresa que controla o Facebook, divulgado nesta quinta-feira (4). A internet tem sido uma das frentes da guerra, com a Rússia tentado silenciar críticas e promover a narrativa de apoio à invasão.
Uma “fazenda de trolls” (contas que fazem publicações automáticas) executou a campanha de desinformação. Alguns dos envolvidos na operação estavam associados à Agência de Pesquisa de Internet (IRA), um grupo russo ligado à interferência eleitoral nos Estados Unidos e outros países desde 2016.
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As autoridades americanas oferecem uma recompensa de US$ 10 milhões (cerca de R$ 53,4 milhões) por informações sobre a participação da IRA nas eleições. A operação contratava quase qualquer um para participar das operações, uma tática parecida com a usada pela IRA anos atrás, disse à AFP Ben Nimmo, chefe de inteligência de ameaças globais da Meta.
Segundo a investigação da empresa, os “trolls” trabalhavam sete dias por semana, por cerca de 440 dólares por mês (R$ 2.350). Sua função era comentar em publicações nas redes sociais Instagram, Facebook, TikTok, Twitter, YouTube, LinkedIn, VKontakte e Odnoklassniki.
A Meta reportou que suspendeu 1.037 contas no Instagram e 45 no Facebook envolvidas na campanha.