Rússia

Rússia criou barreira com navios naufragados para evitar ataques na Crimeia, diz relatório inglês

Ministério da Defesa do Reino Unido indicou que Moscou criou linhas de defesa ativas e passivas para impedir ataques a infraestrutura estratégica

Fumaça preta sobe de um incêndio na ponte de Kerch que liga a Crimeia à Rússia, depois que um caminhão explodiuFumaça preta sobe de um incêndio na ponte de Kerch que liga a Crimeia à Rússia, depois que um caminhão explodiu - Foto: AFP

A Rússia construiu uma barreira submarina com navios naufragados para impedir novos ataques à ponte sobre o Estreito de Kerch, que liga por terra o território russo à Península da Crimeia, informou o mais novo relatório de inteligência do Ministério da Defesa do Reino Unido sobre o conflito. De acordo com a inteligência britânica,

"Em 29 de agosto de 2023, as imagens confirmam que a Rússia criou uma barreira subaquática de navios submersos e barreiras de contenção para dissuadir ataques de veículos de superfície não tripulados (USV) contra a Ponte da Crimeia. Na parte sul da ponte, isto inclui vários navios separados por 160 metros. Estes estão localizados no mesmo local dos ataques USV ucranianos, em 17 de julho de 2023", aponta brevemente o relatório.

A infraestrutura de 19,2 Km de extensão, apontada pela inteligência britânica como um "gargalo para o apoio logístico militar às forças russas nas áreas ocupadas" de Kherson e Zaporíjia, foi severamente danificada por ataques ucranianos nos últimos meses.

Construída a um custo equivalente a US$ 3,7 bilhões, a superestrutura tem na realidade duas pontes paralelas — uma com quatro pistas para carros e outra para uma ferrovia dupla — ela precisou ser fechada após sofrer danos graves em bombardeios e atos de sabotagem.

Para preservar um de seus principais ativos logísticos, que também foi erguida como um símbolo de dominação da Crimeia após 2014, a Rússia também está utilizando outras formas de "defesa passiva", informaram as fontes britânicas.

Além das barreiras subaquáticas, Moscou também está utilizando geradores de fumaça para reforçar ações defensivas. Medidas ativas, como sistemas de defesa aérea, para também foram implantadas para aumentar a capacidade de sobrevivência da travessia e minimizar os danos causados por ataques futuros.

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