Rússia diz que examinará todas as pistas sobre morte de Prigozhin
O porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, garantiu que todas as possibilidades serão consideradas pelo Comitê de Investigação da Rússia
O Kremlin assegurou, nesta quarta-feira (30), que investigará todas as pistas – inclusive de "crime premeditado" – para explicar o acidente do avião que matou o chefe do grupo paramilitar Wagner.
Uma semana após a morte de Yevgueni Prigozhin e de seus homens de confiança no acidente de seu jato privado entre Moscou e São Petersburgo, os investigadores não deram nenhuma explicação, ou pista, enquanto os ocidentais atribuem a culpa da catástrofe aérea ao Kremlin.
Ao ser questionado a esse respeito, o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, garantiu nesta quarta-feira que o Comitê de Investigação da Rússia considera todas as possibilidades.
"Como não há conclusões, não posso formular as coisas com precisão, mas é evidente que existem diferentes versões, entre as quais (...), digamos assim, a de um crime premeditado", afirmou por telefone durante sua coletiva de imprensa diária.
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"Portanto, vamos aguardar os resultados da nossa investigação russa", acrescentou.
No fim de semana passado, Peskov descreveu as insinuações como "mentira absoluta" e "especulação" – especialmente as ocidentais, que indicam que o Kremlin ordenou a eliminação de Prigozhin.
O chefe do grupo paramilitar foi enterrado na terça-feira em sua cidade natal, São Petersburgo, em uma cerimônia privada.
Na quarta-feira, seus apoiadores – alguns vestidos com os emblemas da organização armada – prestaram-lhe uma homenagem em seu túmulo, coroado com uma cruz de madeira e rodeado de flores.