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Rússia diz que sanções contra Coreia do Norte não ajudaram a melhorar segurança

Declarações aconteceram após as duras críticas à Rússia devido ao veto que o país apresentou no Conselho de Segurança da ONU

O presidente russo, Vladimir PutinO presidente russo, Vladimir Putin - Foto: Mikhail Metzel/POOL/AFP

A Rússia afirmou nesta sexta-feira (29) que as sanções da ONU contra a Coreia do Norte representam um obstáculo no momento de promover o diálogo e a paz na península, e que as medidas não melhoraram a segurança regional.

As declarações aconteceram após as duras críticas à Rússia devido ao veto que o país apresentou no Conselho de Segurança da ONU, o que impôs o fim do mandato do comitê responsável por supervisionar a aplicação das sanções internacionais contra Pyongyang.

"Durante anos, as medidas restritivas internacionais não ajudaram a melhorar a segurança na região", afirmou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, em um comunicado.

"Pelo contrário, na ausência de mecanismos para revisar as sanções e flexibilizá-las, este instrumento continua representando um grande problema, que prejudica o desenvolvimento da confiança e o diálogo político", acrescentou.

Desde 2006, o Conselho de Segurança das Nações Unidas impôs uma série de sanções, cada vez mais fortes, contra a Coreia do Norte em resposta ao programa nuclear em desenvolvimento no país.

O Kremlin defendeu nesta sexta-feira sua decisão de bloquear a renovação do mandato do comitê de vigilância da aplicação das sanções com o veto.

"Esta posição está mais de acordo com os nossos interesses", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa.

A União Europeia (UE) expressou em um comunicado sua convicção de que o veto "é um esforço para esconder as transferências de armamentos entre a Coreia do Norte e a Federação da Rússia", no contexto da ofensiva russa contra a Ucrânia.

A UE fez um apelo à Rússia para "reconsiderar a decisão (...) e a seguir cooperando com as Nações Unidas e seus Estados membros" no caso da Coreia do Norte.

Ao mesmo tempo, o governo da China afirmou nesta sexta-feira que se recusa a "impor sanções de maneira cega" à Coreia do Norte, depois optar pela abstenção na votação do Conselho de Segurança da ONU em que a Rússia utilizou o poder de veto.

"A atual situação na península (coreana) continua tensa e impor sanções de maneira cega não resolverá o problema", disse o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Lin Jian.

Durante a semana, o diretor do serviço de espionagem da Rússia, Serguei Naryshkin, visitou Pyongyang para falar sobre a cooperação em termos de segurança, segundo a agência estatal norte-coreana de notícias KCNA.

Os dois países, aliados históricos, reforçaram os laços nos últimos anos, após a ofensiva da Rússia contra a Ucrânia.

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