GUERRA NA UCRÂNIA

Rússia dobra número de "golfinhos treinados" no Mar Negro por medo de ataque ucraniano

Animais foram vistos protegendo base naval e os navios de guerra russos no porto de Sebastopol, na Criméia

Golfinhos treinados que guardam a frota da Rússia no Mar NegroGolfinhos treinados que guardam a frota da Rússia no Mar Negro - Foto: Reprodução

A Rússia dobrou o número de golfinhos treinados que guardam a frota do país no Mar Negro, informou o jornal Daily Mail nessa sexta-feira (16). O motivo para o aumento de animais na região é o medo das autoridades russas de um contra-ataque da Ucrânia. Nos últimos meses, o porto de Sebastopol, o principal da região, tem sofrido vários ataques de drones ucranianos.

De acordo com o Naval News, em razão do receio de uma contraofensiva, a Rússia tem agora seis ou sete golfinhos, em comparação com os três ou quatro utilizados no início da guerra. A ideia é que uma área mais ampla seja protegida pelos animais. Com a ajuda de dispositivos tecnológicos avançados, é possível detectar alvos e enviar sinais de volta para um operador.

Os animais conseguem localizar minas, ameaças e até mergulhadores com relativa facilidade. Mais do que isso, eles também podem ultrapassar nadadores sem muitas dificuldades. O aparato deles é composto ainda por um sistema de defesa multicamadas, que inclui redes antitorpedo e lançadores de foguetes.

Em abril, um incêndio de grandes proporções tomou conta de um reservatório de petróleo, no porto de Sebastopol, após um ataque de drones. À época, autoridades ucranianas não assumiram a responsabilidade pelo incidente. Mas, segundo o serviço de Inteligência ucraniano, mais de de 10 tanques com derivados de petróleo, com capacidade total de 40 mil toneladas, teriam sido destruídas.

Na ocasião, autoridades russas locais, no entanto, disseram que os danos foram menores e que o incêndio foi extinto horas depois.

A Península da Crimeia, que foi anexada ilegalmente pela Rússia em 2014 e fortemente fortificada desde então, é extremamente importante para o controle de Moscou sobre territórios ocupados no sul e leste da Ucrânia. Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, a península já foi atacada várias vezes por drones aéreos e navais.

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