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Tensão na Ucrânia

Rússia não vai invadir Ucrânia 'a menos que nos provoquem', diz embaixador russo na UE

Chizhov, embaixador russo na União Europeia (UE) advertiu que uma "provocação" ucraniana poderia levar o Kremlin a agir

Kremlin de Moscou, sede do governo russoKremlin de Moscou, sede do governo russo - Foto: Pixabay

A Rússia "não vai invadir a Ucrânia a menos que nos provoquem a fazê-lo", declarou nesta segunda-feira (14) o embaixador russo na União Europeia (UE), Vladimir Chizhov, ao jornal britânico The Guardian. 

"Não vamos invadir a Ucrânia a menos que nos provoquem a fazê-lo", disse Chizhov, que representa a Rússia em Bruxelas desde 2005.  

"Se os ucranianos lançarem um ataque contra a Rússia, não deveria surpreender se contra-atacarmos. Ou se começarem a matar descaradamente cidadãos russos de qualquer lugar, em Donbass ou em qualquer outro local", acrescentou, em alusão à região do leste da Ucrânia onde separatistas pró-russos lutam há oito anos contra as forças ucranianas.

Chizhov advertiu que uma "provocação" ucraniana poderia levar o Kremlin a agir.

"O que quero dizer com provocação é que podem organizar um incidente contra as autoproclamadas repúblicas de Donbass, provocá-las e depois atingi-las com todas as suas forças, provocando, assim, uma reação da Rússia para evitar um desastre humanitário em suas fronteiras", acrescentou.

A presença de mais de 100.000 soldados russos concentrados na fronteira ucraniana faz crescer o temor do início de um conflito de grandes proporções na Europa.

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