Rússia quer apagar identidade da Ucrânia, denuncia Conselho da Europa
A instituição pan-europeia lamentou "os ataques sem fim da Federação Russa contra sítios do patrimônio cultural na Ucrânia, em violação ao direito internacional humanitário"
A Rússia, saqueando e destruindo diversos sítios históricos, busca "apagar a identidade histórica e cultural da Ucrânia", considerou nesta terça-feira (15) o Conselho da Europa, que denunciou "a intenção genocida de Moscou".
Em uma declaração sobre a destruição do patrimônio cultural da Ucrânia, o Congresso de Poderes Locais e Regionais do Conselho da Europa "condenou de novo a guerra de agressão travada atualmente contra a Ucrânia e reafirmou seu apego indefectível à independência, à soberania e à integridade territorial da Ucrânia dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas".
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A instituição pan-europeia lamentou "os ataques sem fim da Federação Russa contra sítios do patrimônio cultural na Ucrânia, em violação ao direito internacional humanitário".
Em uma declaração adotada nesta terça-feira, a organização destaca que "mais de mil sítios culturais foram danificados ou destruídos" durante a guerra, e aponta que o fato de que se "saqueiem" ou se "aponte" contra eles "reflete uma política sistemática que busca apagar a identidade histórica e cultural da Ucrânia, algo parecido com uma intenção genocida".
O Conselho da Europa, fundado em 1949, é uma organização de 46 países não vinculada à União Europa e dedicada a promover os direitos humanos neste continente.
A Rússia fazia parte do Conselho da Europa, mas foi excluída em março de 2022, semanas depois de começar sua invasão da Ucrânia.