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Rússia

Rússia recrutou 230.000 soldados desde início do ano

De 1º de janeiro a 3 de agosto, mais de 231 mil pessoas foram contratadas para realizar a ofensiva na Ucrânia

Conflito entre Ucrânia e RússiaConflito entre Ucrânia e Rússia - Foto: Anatolii Stepanov/AFP

Mais de 230.000 pessoas se alistaram no Exército russo desde o início do ano, anunciou o ex-presidente Dmitri Medvedev nesta quinta-feira (3), no 18º mês da ofensiva de Moscou na Ucrânia.

"De 1º de janeiro a 3 de agosto (...), mais de 231.000 pessoas foram contratadas", disse Medvedev durante uma reunião transmitida pela televisão.

Em maio, o ex-presidente russo, que hoje é vice-secretário do Conselho de Segurança da Rússia, havia informado o recrutamento de 120.000 pessoas por parte do Exército.

Segundo ele, "a tarefa continua sendo tornar o serviço por contrato o mais prestigioso possível", tendo em vista que o Exército russo precisa de recrutas para realizar sua ofensiva na Ucrânia.

Ele não especificou quanto tempo de treinamento esses recrutas precisam antes de ingressarem nas unidades da linha de frente, dedicadas, desde o início de junho, a repelir a contraofensiva ucraniana no sul e no leste da Ucrânia.

A campanha de recrutamento é publicizada nas redes sociais e em vários cartazes nas ruas, que promovem o Exército e prometem condições especialmente atrativas para os futuros militares. Além do salário e de benefícios sociais, os novos recrutas mantêm seus empregos civis "durante o período de serviço" e seus empréstimos bancários são congelados, segundo Medvedev.

Em setembro de 2022, ante as perdas no "front", as autoridades russas tiveram de recorrer a uma mobilização parcial de reservistas. Isso permitiu recrutar pelo menos 300.000 homens, mas também provocou a fuga de dezenas de milhares de russos para o exterior.

No final de dezembro de 2022, o ministro russo da Defesa, Serguei Shoigu, considerou "necessário" aumentar o efetivo do Exército russo para 1,5 milhão de soldados - "incluindo 695.000 sob contrato" -, superando, assim, a meta de 1,15 milhão estabelecida pelo presidente Vladimir Putin em agosto.

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