Rússia rejeita 'acusações grosseiras' dos EUA sobre a morte de Navalny
Navalny, de 47 anos, cumpria pena de 19 anos após denunciar corrupção do governo russo
A Chancelaria russa rejeitou, nesta sexta-feira (16), as "acusações grosseiras" do chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, que afirmou que o governo russo é "responsável" pela morte do principal opositor do país, Alexei Navalny.
"Em vez de fazer acusações grosseiras, valeria mais dar demonstrações de moderação e aguardar os resultados oficiais da investigação médica" sobre as causas da morte, afirmou o Ministério das Relações Exteriores russo em um comunicado.
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O presidente da Câmara Baixa do Parlamento russo, Viacheslav Volodin, afirmou que os líderes das potências ocidentais são "culpados" pela morte de Navalny, que os "beneficia", já que estão "perdendo" a batalha na Ucrânia.
Os líderes ocidentais "que tomaram muitas decisões erradas e que se agarram às suas posições se beneficiam de sua morte", declarou Volodin, em um momento próximo ao segundo aniversário do início da ofensiva russa na Ucrânia.
O serviço penitenciário da região ártica de Yamal anunciou nesta sexta-feira a morte de Navalny, de 47 anos, um ativista que denunciou a corrupção e se tornou o mais importante crítico do Kremlin, que cumpria uma pena de 19 anos depois de ter sido condenado por "extremismo".