Rússia será mais forte após motim do grupo Wagner, afirma chanceler
Combatente do grupo paramiltar tomaram na sexta-feira (23) e sábado (24) o controle de várias instalações militares no sul da Rússia e avaçaram para Moscou
A Rússia será "mais forte" após o motim frustrado do grupo paramilitar Wagner, que abalou o Kremlin na semana passada, afirmou nesta sexta-feira (30) o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.
"A Rússia sempre saiu mais sólida, mais forte, de todas as dificuldades (...) Acontecerá o mesmo desta vez. O processo já começou", disse Lavrov em uma entrevista coletiva em Moscou.
Os combatientes do grupo paramilitar Wagner, dirigido por Yevgueni Prigozhin, que já foi um grande aliado do presidente Vladimir Putin, tomaram na sexta-feira e sábado da semana passada o controle de várias instalações militares no sul da Rússia e avançaram e direção a Moscou.
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O motim terminou no sábado à noite, após a negociação de um acordo que inclui o exílio de Prigozhin em Belarus.
Nenhuma punição foi anunciada contra os amotinados, o que vários analistas e autoridades ocidentais consideram um sinal de fraqueza do Kremlin.
As autoridades russas tentam passar, desde então, a imagem de normalidade e insistem que o país saiu "fortalecido" após a rebelião que, no entanto, provocou a crise mais grave desde a chegada de Putin ao poder em 1999.