Rússia tem tido dificuldades em recrutar soldados para combater na Ucrânia, diz Pentágono
Presidente russo querendo aumentar em 10% o número de efetivos do exército, a 1,5 milhão de militares, a partir de janeiro do ano que vem
A Rússia está lutando para encontrar mais soldados que combatam na Ucrânia e para isso tem batido às portas inclusive de prisões e incorporado velhos recrutas, fora de forma e sem treinamento, informou um funcionário do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
Segundo a fonte, um decreto assinado na quinta-feira (25) pelo presidente russo, Vladimir Putin, pede que se aumente em 10% o número de efetivos do exército, a 1,5 milhão de militares, a partir de janeiro do ano que vem.
Após enfrentar contratempos significativos e grandes perdas de tropas nos seis meses de invasão da Ucrânia, o Pentágono acredita que "é pouco provável que este esforço tenha êxito, pois a Rússia historicamente não cumpre seus objetivos de pessoal e poderio", avaliou o funcionário.
"A Rússia já começou a tentar expandir seus esforços de recrutamento", disse o funcionário à imprensa, pedindo que sua identidade seja mantida sob sigilo.
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"Já o fizeram em parte, ao eliminar a idade limite para novos recrutas e também têm recrutado prisioneiros", acrescentou.
"Muitos destes novos recrutas são velhos, estão fora de forma e sem treinamento", explicou o funcionário.
A conclusão do Pentágono é de que um maior recrutamento pode não aumentar o poder de combate até o fim do ano, acrescentou a fonte.
Mesmo antes da guerra, faltavam às forças armadas russas 150.000 militares para atingir sua meta de um milhão, acrescentou.
No começo de agosto, o vice-secretário de Defesa dos Estados Unidos, Colin Khal, calculou entre 70.000 e 80.000 os russos mortos ou feridos na Ucrânia desde a invasão ao país, em 24 de fevereiro.