Rússia "violou promessa de trégua" na siderúrgica Azovstal de Mariupol
Informação é de um comandante do batalhão Azov
"Os russos violaram sua promessa de trégua" na siderúrgica de Azovstal de Mariupol (sudeste), último reduto da resistência ucraniana nesta cidade portuária devastada pelos bombardeios, afirmou nesta quinta-feira (5) um comandante do batalhão Azov, que defende o local.
"Os russos violaram sua promessa de trégua e não permitem a retirada dos civis" que continuam refugiados com os combatentes na parte subterrânea do complexo industrial, disse Sviatoslav Palamar, subcomandante do batalhão, em um vídeo publicado no Telegram.
Pouco antes, o Kremlin afirmou que os corredores humanitários "funcionavam" na siderúrgica e que o exército respeitava o cessar-fogo acordado nesta quinta-feira.
"Há três dias, o inimigo invadiu o território de Azovstal, onde continuam os violentos e sangrentos combates", acrescentou Palamar, o que confirmava as declarações de véspera do comandante do batalhão Azov, Denis Prokopenko.
Um conselheiro presidencial, Oleksii Arestovych, assegurou, nesta quinta-feira (5), na televisão ucraniana que as "forças russas entraram ontem" (4) na fábrica.
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"Temos muitas informações, muitas vezes contraditórias" sobre a situação atual, disse, se negando a dar informações mais claras.
Em seu vídeo, Palamar elogiou de novo "a resistência" e "o heroismo" dos últimos combatentes no complexo.
Diante dessa situação "crítica", pediu ajuda à comunidade internacional e ao presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, para "retirar os civis" que permaneceram - cerca de 200, segundo o prefeito da localidade - e os militares "feridos, que estão agonizando pela falta de tratamentos médicos adequados".