Rússia nega planejar assassinato de grande fabricante de armas alemão
Segundo Dmitri Peskov, o porta-voz da Rússia, é muito difícil comentar sobre informações midiáticas que não contenham argumentos sérios e sejam baseadas em fontes anônimas
O Kremlin negou nesta sexta-feira (12) as notícias da imprensa de que a Rússia planejava assassinar o chefe de um grande fabricante de armas alemão e considerou que estas acusações carecem de "argumentação séria".
"Tudo isso é apresentado no estilo de notícias falsas, por isso não podemos levar esta informação a sério", disse o porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov, aos jornalistas.
"É muito difícil para nós comentarmos informações midiáticas que não contenham argumentos sérios e sejam baseadas em fontes anônimas", acrescentou.
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Na quinta-feira, o canal americano CNN indicou que os Estados Unidos e a Alemanha frustraram este ano um projeto para assassinar o CEO de um grande fabricante de armas alemão que fornece material à Ucrânia.
O plano foi atribuído à Rússia. Citando cinco responsáveis americanos e ocidentais anônimos, a CNN indicou que Washington havia informado Berlim deste projeto de assassinato contra Armin Papperger, chefe do grupo industrial alemão Rheinmetall.
Segundo a CNN, este plano fazia parte de uma série de projetos russos descobertos pela inteligência americana e que consistiam em assassinar líderes da indústria de defesa europeia envolvidos no apoio à Ucrânia contra a Rússia.
A Rheinmetall produz obuses de artilharia de 155 mm e planeja começar a fabricar veículos blindados na Ucrânia, segundo a CNN.
A ministra das Relações Exteriores alemã, Annalena Baerbock, acusou na quinta-feira a Rússia de promover uma "guerra híbrida de agressão" contra o Ocidente, sob a forma de "sabotagem e ataques cibernéticos", mas também com "ataques a pessoas" e "fábricas".
Um porta-voz do Ministério do Interior alemão recusou-se a comentar diretamente as informações sobre a Rheinmetall, mas destacou que o governo alemão leva as ameaças do regime russo "muito a sério".
O porta-voz da Rheinmetall, Oliver Hoffmann, afirmou que a empresa não está em posição de "comentar questões relacionadas à sua segurança".