Saiba o que fazer quando o soluço não dá trégua
Ocorrências "episódicas" podem ser controladas rapidamente, mas persistência do problema indica que paciente deve recorrer a médico
Espasmo involuntário, quase sempre inesperado e contra a nossa vontade, o soluço é uma contração um pouco brusca do diafragma, músculo fundamental para a nossa respiração, seguida pelo fechamento da glote. Evento comum e que pode acontecer com todo mundo, essa força que o abdômen faz junto à garganta passa a incomodar quando se torna repetitivo.
De acordo com o gastrohepatologista do Hospital Jayme da Fonte, Tibério Medeiros, os soluços costumam ser inofensivos. Nesse caso, são chamados de "episódicos" e podem ser controlados em questão de poucos minutos, às vezes sem nenhuma intervenção. "Geralmente, eles estão associados a alimentações copiosas, em grandes quantidades, ricas em gordura e refrigerantes", citou.
Mas se um paciente apresenta um quadro de um soluço persistente, em que o espasmo dura mais de 48 horas, é importante que ele fique atento a isso. "Além de desconfortável e de poder dificultar a qualidade do sono, da alimentação e até mesmo de uma conversa, ele pode estar associado a doenças digestivas, respiratórias, neurológicas ou psicológicas", explicou.
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A estudante de Psicologia Larissa Torres, 22, relatou que o soluço sempre aparece depois que ela ingere refrigerante ou bebidas gaseificadas em geral. "Não tem erro, é beber um refrigerante e em pouco tempo começo a soluçar bastante, passando somente depois de algum tempo."
Já a comerciante Flaviana Alves, 46, apresenta espasmos quando está com dificuldade para respirar. "Eu tenho asma, então quando começo a fazer mais esforço para puxar o ar, o soluço costuma aparecer", disse.
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O gastroenterologista Severino Santos pontua que o soluço não é uma doença, mas sim o resultado de uma doença. "Não é normal passar uma semana soluçando. Nesses casos, o paciente apresenta outros sintomas associados ao soluço, e são esses sintomas paralelos que vão guiar na definição do diagnóstico", esclarece.
Para os casos mais simples, as crendices populares estão valendo. Beber água gelada, prender por um curto período de tempo a respiração, tomar um susto, entre outras coisas podem levar a melhora dos soluços mais inofensivos. "A água gelada, por exemplo, funciona porque estimula o nervo vago, prender a respiração aumenta o gás carbônico e o susto libera adrenalina", finaliza Tibério Medeiros.
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