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Saiba os temas prioritários da nova Comissão Europeia nos 100 primeiros dias

Grupo deve se concentrar em alguns temas prioritários, nos quais são esperados avanços concretos já nos primeiros 100 dias de gestão

Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen (C), posa para uma foto de grupo com o recém-eleito Colégio de Comissários no Parlamento Europeu em EstrasburgoPresidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen (C), posa para uma foto de grupo com o recém-eleito Colégio de Comissários no Parlamento Europeu em Estrasburgo - Foto: Frederick Florin/AFP

A nova Comissão Europeia, o poder Executivo da UE formado pela presidente Ursula von der Leyen e seus 26 comissários, deverá começar formalmente sua gestão a partir da próxima semana, com um enorme volume de trabalho pela frente.

Após um bloqueio político que atrasou a aprovação da Comissão, o grupo agora deve se concentrar em alguns temas prioritários, nos quais são esperados avanços concretos já nos primeiros 100 dias de gestão.

- Trump e relações com EUA -
O início do primeiro mandato de Von der Leyen como presidente da Comissão, em 2019, foi marcado pela pandemia de coronavírus e pela urgência de coordenar uma resposta em bloco.

Agora, as preocupações estão focadas no retorno de Donald Trump à Casa Branca. Von der Leyen e sua equipe deverão definir e implementar rapidamente planos para o comércio e a defesa para proteger o bloco.

Trump já antecipou sinais de que pretende reequilibrar o déficit comercial de seu país por meio de tarifas e de uma postura potencialmente menos comprometida com a segurança europeia.

- O estado da economia -
Von der Leyen já anunciou que uma das prioridades do seu novo mandato será renovar as perspectivas econômicas da UE, evitando o que Mario Draghi, ex-primeiro-ministro italiano, descreveu como a “lenta agonia” do declínio.

A UE não consegue acompanhar o ritmo dos Estados Unidos e enfrentar a crescente concorrência da China, num cenário que inclui baixa produtividade, crescimento lento, custos elevados de energia e investimentos frágeis.

A agenda inclui pontos sensíveis, como a redução da burocracia, a criação de uma união de poupança e investimentos para ajudar o acesso das empresas ao capital que podem investir em inovação e para estimular o setor de inteligência artificial.

- A questão agrícola sempre difícil -
Os agricultores europeus estão mobilizados há quase um ano, sobrecarregados pelo critério das metas ambientais da UE e, mais recentemente, em pé de guerra contra a assinatura de um acordo comercial com o Mercosul.

A UE já finalizou o pacto com Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai durante uma reunião de cúpula em Montevidéu em dezembro.

Mas a França está procurando desesperadamente aliados para inviabilizar os planos para a assinatura do acordo.

Von der Leyen prometeu também apresentar uma "visão para a agricultura e a alimentação" que garanta "a competitividade e a sustentabilidade" do setor agrícola.ola.

- Defesa -
Fortalecer as defesas da Europa é uma prioridade desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 2022, mas a reeleição de Trump acrescentou urgência ao tema.

“Precisamos gastar mais (em defesa), gastar melhor, gastar juntos”, disse Von der Leyen ao apresentar seus planos para um segundo mandato. Ela calculou que o bloco precisará investir 500 bilhões de euros (525 bilhões de dólares, 3 trilhões de reais) durante a próxima década.

Pela primeira vez, a UE terá um comissário de Defesa, Andrius Kubilius, da Lituânia, responsável por liderar a iniciativa.

Mas os planos para introduzir um plano de individualização conjunto, semelhante ao adotado para enfrentar a pandemia de coronavírus, provocam resistência.

- Imigração -
As passagens irregulares nas fronteiras bloqueadas na União Europeia caíram 43% este ano, depois que alcançaram o nível recorde em quase 10 anos em 2023.

A imigração, no entanto, tem destaque na agenda política após os avanços da extrema direita em vários países.

Em outubro, os líderes da UE pediram uma nova legislação em caráter de urgência para aumentar e acelerar os retornos dos migrantes e que a Comissão examinasse “novas formas” para enfrentar a imigração irregular.

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