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REDE SOCIAL

Saiba quem é a representante do X de Elon Musk no Brasil

Rachel de Oliveira era quem respondia pela empresa no momento do fechamento de seus escritórios no país em agosto

Rede Social XRede Social X - Foto: Mauro Pimentel/AFP

Após mais de um mês chegou ao fim o bloqueio da rede social X, de propriedade do bilionário Elon Musk, no Brasil. A empresa recuou do descumprimento de decisões judiciais e indicou um representante no país, condições impostas pela Justiça brasileira para que a companhia voltasse a operar regularmente.

O cumprimento das medidas veio em etapas, e uma delas foi a nomeação da advogada Rachel de Oliveira como responsável pelo X no país.

Inscrita na OAB de São Paulo, na subseção de Pinheiros, Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição já tinha ocupado a função antes do bloqueio imposto pelo Supremo Tribunal Federal. Em agosto deste ano, quando o X anunciou o fechamento de seu escritório no Brasil, era Rachel de Oliveira quem respondia pela rede social. No dia 20 deste mês, ela voltou ao cargo.

Rachel Villa Nova chegou a ter uma ordem de prisão decretada por Moraes em agosto, quando o ministro, após reiterados descumprimentos do X de ordens para bloqueios de perfis, elevou o valor da multa imposta à plataforma. O magistrado decretou a prisão da representante legal da empresa por "desobediência a determinação judicial".

Depois do episódio, a plataforma descredenciou a advogada como representante legal, momento no qual o caso escalou.

Escalada de embates
A volta do X põe fim ao mais recente capítulo do embate entre Moraes e o bilionário Elon Musk, que adquiriu a plataforma em 2022 com o discurso de que promoveria a “liberdade de expressão” na rede social. Na prática, o argumento serviu para que o X, antigo Twitter, virasse palco para a difusão de fake news e discursos golpistas.

Em meio ao período eleitoral no Brasil, a plataforma ignorou reiteradamente ordens judiciais para exclusão de conteúdos, além de deixar de indicar um representante legal no país. Ao afrontar o Judiciário brasileiro, Musk, um aliado de políticos de direita como Donald Trump, teve a postura elogiada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seu entorno. Por outro lado, foi alvo de críticas de Lula, que chegou a citar sua ousadia em “desafiar as constituições dos países que não concordam com ele” em discurso na Assembleia Geral da ONU, em 29 de setembro.

Ao mandar retirar a rede social do ar, no dia 30 de agosto, o ministro condicionou sua volta ao pagamento de R$ 18 milhões em multas referentes ao descumprimento das decisões, além de indicar uma pessoa para responder pela companhia no Brasil. As exigências foram sendo cumpridas em etapas.

O valor foi quitado após Moraes determinar a transferência de R$ 18,3 milhões do X e da Starlink (também de propriedade de Musk) para os cofres da União no dia 13 de setembro. Uma semana depois, no dia 20, a empresa nomeou a advogada Rachel de Oliveira como sua representante legal no país.

Mas uma manobra da plataforma neste intervalo acabou por adiar o seu desbloqueio. O X voltou a ficar acessível a alguns usuários no Brasil após utilizar um subterfúgio tecnológico. Para a Anatel, a ação foi deliberada para descumprir o bloqueio.

O resultado foram novas multas imposta por Moraes, desta vez de R$ 10 milhões, referentes aos dois dias em que o X ficou acessível, e outros R$ 300 mil por ter deixado a empresa sem representante legal no país.

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