Saiba quem é homem acusado de estupro e cárcere privado em Botafogo
Em abril de 2022, em Minas Gerais, outra vítima registrou ocorrência contra Lucas Jose Dib, ex-chefe de gabinete do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG)
Lucas Jose Dib, de 35 anos, preso nesta quinta-feira (18) na sua casa em Botafogo, na Zona Sul do Rio, acusado de estupro e cárcere privado, há dois anos foi denunciado por violência psicológica, dano emocional e também pela mesma suspeita de cárcere privado contra outra mulher em Minas Gerais. Em 2022, a vítima procurou uma delegacia e registrou ocorrência no dia 20 de abril. A investigação está em andamento.
A Polícia Civil de Minas Gerais informou que, na data da denúncia, em abril de 2022, foi feito o requerimento de medida protetiva em favor da vítima.
“Foi instaurado um inquérito e há uma investigação em andamento apurando a prática dos crimes de violência psicológica/dano emocional e cárcere privado”, esclareceu a assessoria mineira do Departamento Estadual de Orientação, Investigação e Proteção à Família (Defam).
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Lucas Jose Dib é graduado em ciência política pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e, conforme o seu perfil no Linkedin, já passou por cargos de chefe de gabinete no Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e de diretor no Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).
Ainda segundo a plataforma de mídia social focada em negócios e emprego, ele assumiu um posto de chefia na agência Desenvolve SP, vinculada ao Governo do Estado de São Paulo. Em 2012, concorreu ao cargo de vereador pelo município de Marília, em São Paulo, mas teve apenas 116 votos e não foi eleito.
Relembre o caso no Rio
A vítima, uma turista de São Paulo, de 31 anos, afirma que foi violentada por Lucas Jose Dib durante 18 horas no apartamento dele e impedida de sair e pedir ajuda. Ela o conheceu em um aplicativo de relacionamento e marcou um encontro em um bar. No apartamento onde teria acontecido o estupro, agentes da polícia civil da 10ª DP (Botafogo) apreenderam objetos sexuais e equipamento que teria sido usado para abafar pedidos de socorro da vítima.
Ao marcar encontro por meio de um aplicativo de namoro, no dia 3 de abril deste ano, os dois foram a alguns bares de Botafogo. Após se beijarem, Lucas convidou a mulher para ir ao seu apartamento próximo ao local do encontro. Às 23h39 as câmeras de segurança do prédio mostram o momento em que eles chegam à residência.
Depois do encontro marcado, a mulher tinha avisado a alguns amigos e compartilhado a localização. Ela só escapou porque um deles estranhou a sua ausência e foi até o endereço enviado por ela. No local, o rapaz interfonou para o apartamento e ameaçou chamar a polícia.
Segundo o depoimento da vítima, após se beijarem no apartamento, Lucas começou a apresentar um comportamento agressivo e começou as violações e ameaças. Ela "permaneceu sem roupa e torturada por Lucas" das 2h às 20h, do dia 4 de abril, impedida de comer e obrigada a ingerir drogas para não dormir. Ainda conforme o relato, as relações não consentidas foram sem o uso de preservativos.
Ao RJTV desta quinta-feira, ela narra que, durante as 18 horas, foi obrigada a manter relações sexuais e foi agredida constantemente por Lucas. Para abafar os pedidos de socorro, ele teria colocado um som alto para que os vizinhos não a ouvissem.
Às 20h21 do dia seguinte ao encontro, a vítima sai do elevador e encontra o amigo sentado na recepção do prédio. Descalça, ela pega na mão dele e, chorando, sai correndo para a rua ainda de mãos dadas com o rapaz. Os dois conseguiram fugir do local e se direcionaram a um hospital particular, onde a mulher foi atendida.
O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) confirma o estupro e agressões “por ação contundente”.